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A escola de hoje é muito diferente daquela frequentada por nossos avós. Tecnologias emergentes, temas atuais, mudanças constantes e a presença crescente da inteligência artificial têm transformado as práticas pedagógicas. Nesse cenário, educadores e estudantes se veem diante do desafio de tornar o aprendizado mais atraente, relevante e conectado ao mundo real.
O aluno contemporâneo já não é apenas um reprodutor de conteúdo: ele cria, questiona, propõe e assume o papel de protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Aos professores, cabe o papel de mediadores, guiando percursos e adotando metodologias ativas que favorecem o engajamento e a autonomia.
Entre essas metodologias, o ensino de robótica tem ganhado destaque nas escolas. Ele estimula o aprendizado “mão na massa”, integra programação, trabalho em equipe e resolução de problemas, competências essenciais para além dos muros da sala de aula. Dentro da cultura maker, o estudante torna-se autor do próprio conhecimento, vivenciando desafios reais com criatividade e propósito.
Mas, em meio a tantas tecnologias e possibilidades, como despertar ainda mais interesse?
Uma resposta surpreendente vem das pistas.
A Fórmula 1, um dos esportes mais admirados no Brasil e que consagrou ídolos como Ayrton Senna, continua inspirando novas gerações. Mesmo mais de 30 anos após sua trajetória, o legado de Senna chegou a um lugar inusitado: a sala de aula.
No Colégio SESI da Indústria, unidade de Ponta Grossa, esse legado ganhou velocidade. A instituição engajou seus estudantes na competição internacional STEM Racing, iniciativa que levou ao surgimento da escuderia Sennax, criada em 2024 e lançada oficialmente em 2025. O projeto representa a escola em um dos maiores desafios educacionais do mundo, totalmente baseado nos princípios STEM — Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Unidos na equipe Sennax, alunos e professores projetam, constroem e competem com carros em miniatura movidos por propulsão por CO₂, utilizando pistas oficiais e seguindo critérios semelhantes aos da Fórmula 1, que envolvem engenharia, aerodinâmica, marketing, sustentabilidade e impacto social. O resultado é um processo que encanta tanto quem vive o ambiente educacional quanto os apaixonados pelo universo automobilístico.
Mais do que aprimorar conhecimentos técnicos, a metodologia promove competências socioemocionais essenciais: colaboração, resiliência, gestão de tempo, tomada de decisão e comunicação. São habilidades fundamentais para a formação integral do indivíduo e para seu futuro no mercado de trabalho.
Experiências como essa rompem os limites da sala de aula: vão do recreio ao pit stop, transformando o estudante em protagonista de sua aprendizagem. Em uma escola em constante reinvenção, práticas inovadoras como o STEM Racing mostram que o aprendizado pode e deve ser significativo, atual e conectado ao mundo real. Afinal, o aluno de ontem já não é o aluno de amanhã.