A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possa visitá-lo. O pedido foi realizado nesta terça-feira (12) e menciona a “necessidade de diálogo direto com o presidente”, solicitando que o encontro ocorra “na data mais breve possível”.

Com efeito, o pedido ocorre em um momento de incerteza sobre o futuro do ex-presidente, que pode cumprir pena em regime fechado. Ainda, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal solicitou um laudo médico para checar a adequação das penitenciárias para recebê-lo. No entanto, Moraes desconsiderou a solicitação e a retirou dos autos.

Em paralelo, Tarcísio de Freitas é cotado como um dos possíveis substitutos de Bolsonaro nas eleições de 2026, embora enfrente resistências internas no PL. Figuras como o deputado Eduardo Bolsonaro já o criticaram, alegando que Tarcísio seria um "candidato do sistema" e que não estaria totalmente alinhado aos interesses da direita.

Núcleo de Bolsonaro prioriza ganhar a maioria do Senado Federal em 2026

O grupo mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), representado pelos seus filhos, definiu o objetivo para as eleições de 2026: ganhar a maioria do Senado Federal. Portanto, essa meta está guiando a escolha de candidatos em estados-chave, como Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina, considerados importantes para a direita.

A saber, a agenda prioritária do núcleo é concentrar o poder no Senado para dar andamento a propostas barradas no Congresso. Entre os objetivos, destacam-se a aprovação do impeachment de ministros do STF, a limitação dos poderes dos magistrados e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar eventuais abusos do Poder Judiciário.

No entanto, em âmbito local, prevalece a estratégia de montar coalizões com o Centrão, abandonando a ideia de candidaturas de direita "puro-sangue" em alguns estados. Essa tática busca garantir o maior número de parlamentares não apenas no Senado, mas também na Câmara e nas Assembleias Legislativas.

Governador catarinense nega racha da direita e minimiza disputa interna

O governador catarinense Jorginho Mello (PL-SC) negou a existência de um racha interno e minimizou o clima de disputa no partido, que surgiu após a confirmação da intenção de Carlos Bolsonaro de concorrer ao Senado pelo estado.

Além disso, o governador afirmou que o PL está "junto" e "muito bem estruturado em Santa Catarina", destacando a força da bancada no estado. Ainda segundo Mello, a escolha final dos candidatos ocorrerá somente em agosto de 2026. Contudo, ele confirmou que Carlos Bolsonaro será um dos nomes da chapa.

A declaração, contudo, ocorre após a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) anunciar que pretende disputar o Senado com apoio de lideranças ou, caso contrário, deixaria a sigla. Aliados interpretaram a movimentação como um sinal de tensão dentro da base bolsonarista no estado.

Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta quinta-feira (13)

  • GONET É APROVADO EM SABATINA TENSA PARA SEGUIR NA PGR;
  • GLEISI PEDE ALTERAÇÃO DE 4 PONTOS DO RELATÓRIO DE DERRITE PARA PL ANTIFACÇÃO;
  • MAURO VIEIRA SE REÚNE COM RÚBIO POR 5 MINUTOS NO CANADÁ;
  • COP30: PRESIDENTE DIZ QUE PROTESTO É DE “PAÍS DEMOCRÁTICO COMO O BRASIL”.

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