Collor, Lula e Temer: Bolsonaro é 4º ex-presidente a ser preso na redemocratização

  • 22/11/2025 06h48 - Atualizado em 22/11/2025 07h08
Wilton Junior/Estadão Conteúdo O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma aparição de cerca de 20 minutos na manhã desta quinta- feira, 11 de setembro de 2025, em frente à casa onde ele cumpre prisão domiciliar, em Brasí­lia DF - BOLSONARO/STF/JULGAMENTO/CONDENAÇÃO/27 ANOS - POLÍTICA - **RECORTE ALTERNATIVO** O ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma aparição de cerca de 20 minutos na manhã desta quinta- feira, 11 de setembro de 2025, em frente à casa onde ele cumpre prisão domiciliar, em Brasí­lia (DF). A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal fixou nesta noite a pena de Bolsonaro, condenado por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições 2022, em 27 anos e três meses em regime inicial fechado - 24 anos e nove meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, com 124 dias-multa (equivalente a dois salários mínimos). Os ministros seguiram o voto do relator Alexandre de Moraes. 11/09/2025

Preso neste sábado (22) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado em 11 de setembro junto com outros sete réus acusados de planejar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A votação coube à 1ª turma do STF.

O capitão da reserva é o quarto presidente brasileiro a ser preso desde a redemocratização: antes dele, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou ao Planalto em 2023, também foi detido. Michel Temer (MDB) e Fernando Collor de Mello também ficaram encarcerados.

Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses neste ano por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 20 milhões de propina para favorecer contratos com a BR Distribuidora de 2010 a 2014, quando fazia parte do Senado.

Temer não chegou a ser condenado, mas foi preso em março de 2019 por suspeita de corrupção. Voltou a ser detido dois meses depois, mas acabou sendo solto. Foi absolvido no processo.

Já Lula foi preso em 2018, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Condenado em segunda instância, ficou 580 dias detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Foi solto em 2019 pelo Supremo Tribunal Federal que, pouco mais de dois anos depois, determinaria a anulação das condenações.