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Uma coxinha e um refrigerante: R$ 70. Um salgado de camarão: R$ 29. Para um almoço que mal pode ser chamado de lanche, é natural que o consumidor ache R$ 99 um assalto. Pois é exatamente por essa situação que estão passando os participantes da COP 30 em Belém, relatada com indisfarçável indignação por um jornalista da CNN em vídeo viralizado nas redes sociais.
Mas o perrengue está longe de parar aí – e mesmo de representar uma revolta isolada. No primeiro dia do evento, toda a imprensa ficou sem água nos banheiros. Imagine-se a cena. Perdão, é melhor não imaginar… Hotéis caríssimos, donos de Airbnb cobrando a diária de um quarto pelo valor de venda de uma casa inteira, falta de carros para alugar na capital do Pará, forçando embaixadas a levar seus próprios veículos de Brasília a Belém em cegonheiras. Se o governo Lula se esforçasse para dar mau exemplo de despreparo e incompetência, não teria conseguido ser tão eficaz.
Se Lula esperava fazer da COP 30 um palanque para o mundo e uma exibição fiel do que representa seu governo, conseguiu. Mas o discurso e o retrato que rodarão o mundo não serão nada bons para o presidente – de fato, já não são
Enquanto jornalistas, diplomatas e participantes em geral amargam a falta de estrutura, é claro que a “nobreza” brasileira não vai passar perrengue na COP 30. Lula dispensou o suporte da Marinha e, por entender que o barco militar oferecido tinha instalações inadequadas, está hospedado, junto com Janja, no luxuoso iate privado Iana III.
Quanto vai custar mais esse esbanjamento e desperdício de dinheiro público? Não saberemos, pois o governo do PT impôs sigilo. Enquanto não derrubamos o sigilo na Justiça, nossa bancada do Novo protocolou projeto para impedir que gastos dessa natureza tenham sigilo decretado sem a evidente demonstração de risco à segurança da sociedade. De uma ou de outra forma, novamente serão milhões para garantir o conforto do casal presidencial, enquanto a plebe paga todos os seus pecados em meio à crônica falta de condições mínimas em que os governos paraenses abandonam sua própria população há séculos.
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O desperdício de dinheiro público virou prática corriqueira da dupla – desde a compra de móveis diversos em valores milionários, reformas mirabolantes nos palácios presidenciais até incontáveis viagens internacionais, com as melhores ofertas da hotelaria mundial, que a população é obrigada a sustentar. Agora, são centenas de milhões de reais gastos em luxo exorbitante numa cidade pobre e desestruturada como Belém do Pará.
Se Lula esperava fazer da COP 30 um palanque para o mundo e uma exibição fiel do que representa seu governo, conseguiu. Mas o discurso e o retrato que rodarão o mundo não serão nada bons para o presidente – de fato, já não são. Em lugar de colocar o país no centro das atenções do mundo por motivos nobres, a vergonha e a humilhação internacionais são, mais uma vez, o resultado alcançado pela gestão petista, que abraça ditaduras estrangeiras, desrespeita direitos humanos internamente e oferece em Belém aos visitantes a marca da incompetência e do desperdício já tão conhecidos do povo brasileiro.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
