CPI do Crime Organizado ouvirá governadores a partir da 1ª semana de dezembro

Secretários de Segurança Pública também serão chamados; ao todo, serão 22 autoridades de 11 unidades da Federação

  • Por Jovem Pan
  • 19/11/2025 11h12
Andressa Anholete/Agência Senado CPI do Crime Organizado (CPICRIME) realiza reunião para ouvir dois depoimentos. A finalidade da comissão é apurar a atuação, expansão e o funcionamento de organizações criminosas no território brasileiro, em especial de facções e milícias, de modo a permitir a identificação de soluções adequadas para o seu combate, especialmente por meio do aperfeiçoamento da legislação atualmente em vigor. Em destaque, á mesa, presidente da CPICRIME, senador Fabiano Contarato (PT-ES). Foto: Andressa Anholete/Agência Senado O presidente da CPICRIME, senador Fabiano Contarato (PT-ES)

O presidente da CPI do Crime Organizado, senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou nesta quarta-feira (19) que os governadores e secretários de Segurança Pública convidados pela comissão começarão a ser ouvidos já na primeira semana de dezembro.

Ao todo, serão 22 autoridades de 11 unidades da Federação. Os requerimentos para os convites foram aprovados por unanimidade no primeiro dia de trabalho da CPI. A ordem das oitivas ainda será definida por Contarato e pelo relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

A sessão desta quarta-feira ouviu o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais. Na abertura dos trabalhos, Contarato voltou a criticar a fragilidade do sistema penitenciário brasileiro, que, segundo ele, contribui para o fortalecimento das facções criminosas.

“É inadmissível que, atrás das grades, nasça uma ‘justiça paralela’ que distribua sentenças de vida e de morte. É inadmissível que ordens de ataque circulem com mais velocidade do que informações oficiais”, afirmou o presidente da CPI.

Para Contarato, parte do problema decorre da ausência de integração entre os sistemas prisionais estaduais. “Cada presídio funciona de um jeito. Cada estado adota um método. Cada sistema fala uma língua. E o crime organizado escuta todas”, disse. As investigações da CPI continuam em andamento.

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Lista de governadores e secretários de Segurança Pública 

• Amapá:
Clécio Luís – Governador;
Cézar Vieira – Secretário de Justiça e Segurança Pública;

• Bahia:

Jerônimo Rodrigues – Governador;
Marcelo Werner Derschum Filho – Secretário de Segurança Pública;

• Pernambuco:
Raquel Lyra – Governadora;
Alessandro Carvalho Liberato de Mattos – Secretário de Defesa Social;

• Ceará:
Elmano de Freitas – Governador;
Antonio Roberto Cesário de Sá – Secretário de Segurança Pública e Defesa Social;

• Alagoas:
Paulo Dantas – Governador;
Flávio Saraiva – Secretário de Segurança Pública;

• Santa Catarina:
Jorginho Melo – Governador;
Flávio Rogério Pereira Graff – Secretário de Segurança Pública;

• Paraná:
Ratinho Júnior – Governador;
Hudson Leôncio Teixeira – Secretário de Segurança Pública;

• Rio Grande do Sul:
Eduardo Leite – Governador;
Mario Ikeda – Secretário de Segurança Pública;

• Distrito Federal:
Ibaneis Rocha – Governador;
Sandro Torres Avelar – Secretário de Segurança Pública;

• Rio de Janeiro:
Cláudio Castro – Governador;
Victor Cesar Carvalho dos Santos – Secretário de Segurança Pública;

• São Paulo:
Tarcísio de Freitas – Governador;
Guilherme Muraro Derrite – Secretário de Segurança Pública.