Defesa de Bolsonaro pede liberação para cirurgia urgente
Pedido ocorre após ex-presidente passar por exames realizados nas dependências da Polícia Federal que, segundo a defesa, comprovam a ‘evolução objetiva e comprovada do quadro clínico’
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira (15), autorização para realizar uma cirurgia urgente e pedir novamente que o capitão seja transferido para prisão domiciliar. Pedido ocorre após Bolsonaro passar por outros exames realizados nas dependências da Polícia Federal que, segundo a defesa comprovam a “evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata.”
Segundo o relatório, “os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se intensificaram em razão das frequentes crises de soluço, que provocam aumento intermitente da pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal”. Além do tratamento da hérnia, o pedido também inclui a realização de procedimento para tratar as crises de soluço do ex-presidente.
“O mesmo relatório médico registra, ainda, a intenção de realização de bloqueio anestésico do nervo frênico, como medida terapêutica complementar ao tratamento dos soluços incoercíveis, patologia que já se encontra documentada nos autos e que, inclusive, contribuiu para intercorrências clínicas recentes. Trata-se, portanto, de quadro que não apenas recomenda, mas exige intervenção cirúrgica
programada, sob condições controladas, a fim de evitar desfechos emergenciais potencialmente graves”, diz o pedido.
Segundo pedido
No dia 9 de dezembro a defesa já pedia a realização de cirurgia de emergência. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Jair Bolsonaro passasse por exames que comprovem a necessidade de que o ex-presidente passe por cirurgia. Os exames foram realizados no último domingo (14).
“Determino a realização de perícia médica oficial, pela Polícia Federal, no prazo de 15 (quinze) dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica apontada pela defesa”, diz a decisão do ministro.
Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de estado. Moraes determinou que o ex-presidente receba “atendimento médico em tempo integral” e observou que Bolsonaro não teve situações de emergência desde que foi preso.
“Desde aquele momento, não houve nenhuma notícia de situação médica emergencial ocorrida com JAIR MESSIAS BOLSONARO. Ressalte-se, ainda, que os exames médicos apresentados pela defesa não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há 3 meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”.


