Forças dos EUA interceptam petroleiro em alto-mar e reforçam o bloqueio ao petróleo do regime de Nicolás Maduro.
Forças dos EUA interceptam petroleiro em alto-mar e reforçam o bloqueio ao petróleo do regime de Nicolás Maduro. (Foto: Divulgação/Departamento de Segurança Interna dos EUA)

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Os Estados Unidos interceptaram mais um navio próximo à costa venezuelana, em águas internacionais. A informação do terceiro bloqueio do petroleiro foi confirmada neste domingo (21) por autoridades norte-americanas à Agência de Notícias Reuters.

A operação marca a segunda abordagem do fim de semana. O movimento ocorre dias após o presidente Donald Trump anunciar um bloqueio total a petroleiros sancionados ligados ao governo venezuelano. A Casa Branca ainda não comentou oficialmente o episódio.

Fontes ouvidas pela Reuters informaram que se trata do petroleiro Bella 1, de bandeira panamenha, que seguia para a Venezuela para carregamento. A interceptação ocorreu após abordagens anteriores aos navios Centuries, neste sábado (20), e do Skipper, na quarta-feira (10).

Na segunda interceptação, o governo da Venezuela classificou as operações como “criminosas”. Caracas afirmou que não deixará os atos impunes e anunciou medidas em instâncias internacionais.

Regime de Maduro acusa EUA de roubo por bloqueio de petroleiro

Em nota oficial, o regime denunciou o que chamou de “roubo e sequestro” de embarcações privadas. O comunicado também cita o “desaparecimento forçado” de tripulantes. Nicolás Maduro afirmou que adotará “todas as medidas adequadas”, como a apresentação de denúncias ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a outros organismos multilaterais e a governos estrangeiros.

Especialistas ouvidos pela Reuters afirmam que o bloqueio ameaça diretamente a principal fonte de receita do regime. Sem exportações, os tanques da PDVSA podem atingir o limite e forçar o fechamento de poços. Trump também elevou o tom político. O presidente classificou o governo Maduro como organização terrorista estrangeira, sob acusações de narcotráfico.

A vice-presidente venezuelana e ministra do Petróleo, Delcy Rodríguez, condenou a ação. Ela chamou a operação de “grave ato de pirataria”. Maduro acusou Washington de impor um “modelo colonialista”. O governo venezuelano afirmou que o direito internacional irá prevalecer.

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