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O pedófilo Jeffrey Epstein e sua namorada, Ghislaine Maxwell, em foto de arquivo de 2020 durante a apresentação da promotoria dos EUA à imprensa na qual foram feitas as acusações de envolvimento dela nos casos de abuso sexual. (Foto: JASON SZENES/EFE)

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, atendendo ao prazo legal estabelecido pelo Congresso, divulgou nesta sexta-feira (19) milhares de novos arquivos relacionados ao caso do financista pedófilo Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento em uma prisão federal.

O material foi disponibilizado por meio de um portal público de consulta do Departamento de Justiça (www.justice.gov/epstein), que reúne documentos de investigações estaduais e federais, registros judiciais, arquivos obtidos com base na Lei de Liberdade de Informação (FOIA) e materiais que também vinham sendo divulgados desde setembro pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos EUA.

De acordo com o Departamento de Justiça, a divulgação cumpre exigências da Epstein Files Transparency Act, lei aprovada com amplo apoio do Congresso e sancionada pelo presidente Donald Trump, que determinou a liberação de todas as informações sobre o caso.

Os arquivos divulgados nesta sexta incluem imagens de viagens de Epstein com sua ex-namorada e colaboradora Ghislaine Maxwell, imagens de câmeras de segurança de suas residências, gravações da cela onde ele morreu, registros de voos, agendas de contatos e materiais apreendidos durante investigações policiais. Parte do conteúdo já havia sido divulgada anteriormente pelo próprio departamento.

Segundo o Departamento de Justiça, muitos documentos aparecem parcialmente censurados para proteger a identidade das vítimas e preservar investigações em andamento. Listas sensíveis, como registros de massagistas, tiveram trechos inteiros ocultados por razões de segurança, conforme exige a legislação.

Em nota publicada nas redes sociais, o Departamento de Justiça afirmou que “a administração Trump está oferecendo níveis de transparência que governos anteriores nunca sequer consideraram”, destacando que o prazo inicial para a liberação dos arquivos foi cumprido ao mesmo tempo em que medidas foram adotadas para proteger sobreviventes dos abusos cometidos por Epstein. A liberação dos arquivos ocorre no âmbito da Epstein Files Transparency Act, lei aprovada com amplo apoio do Congresso e sancionada pelo presidente Trump, que determinou a liberação de todas as informações sobre o caso Epstein até essa sexta.

De acordo com a CNN, entre os documentos divulgados há fotografias inéditas do ex-presidente Bill Clinton ao lado de Epstein e de Ghislaine Maxwell. As imagens mostram Clinton em ambientes de lazer com os dois, embora não esteja claro quando ou onde foram registradas.

Segundo a mídia americana, o acervo total que deve ser obrigatoriamente divulgado ultrapassa 300 gigabytes entre documentos, imagens e vídeos.

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