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O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot. (Foto: RADEK PIETRUSZKA/EFE/EPA)

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O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, criticou nesta terça-feira (11) as operações militares conduzidas pelos EUA no Caribe contra o narcotráfico, segundo noticiou a agência turca Anadolu e o jornal The Business Standard.

Durante a reunião de chanceleres do G7 em Ontário, no Canadá, Barrot afirmou que as ações dos EUA na região “violam o direito internacional” e podem gerar “instabilidade causada por potenciais escaladas”.

“Observamos com preocupação as operações militares na região do Caribe porque elas desrespeitam o direito internacional”, declarou o ministro, conforme noticiou a Anadolu citando a emissora France 24.

De acordo com o The Business Standard, o chefe da diplomacia francesa ressaltou que mais de um milhão de cidadãos franceses vivem em territórios ultramarinos do Caribe e podem ser diretamente afetados “pela instabilidade provocada por qualquer escalada”. O ministro defendeu ainda que os países do G7 “trabalhem em conjunto” para combater o narcotráfico sem comprometer a estabilidade regional.

As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram pelo menos 19 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, resultando na morte de 76 criminosos. Recentemente, o porta-aviões USS Gerald Ford, o maior do mundo, chegou na região, acompanhado por oito navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem expandido a presença militar americana na América Latina com o envio de fuzileiros navais, caças, bombardeiros e drones. O mandatário também acusou o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de envolvimento no tráfico de drogas e ameaçou tomar “medidas diretas” contra o regime chavista.

Caracas diz que a movimentação militar dos EUA nas proximidades de suas águas territoriais tem caráter provocativo e poderia desencadear um conflito aberto.

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