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“Diploma tem cada vez menos relevância” – conselho de Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP (Republicanos), aos jovens. O governador está coberto de razão: relevante mesmo é ter um sobrenome que já venha com uma vaga garantida na Faria Lima, como o filho dele tão oportunamente demonstrou.
“Você compra uma camisa que, no Brasil, você pagaria R$400, aqui dá o equivalente a R$50” – Jones Manoel, influencer comunista, comprando muamba direto da fábrica no Vietnã. Um oferecimento do proletariado vietnamita, que gentilmente abdicou de seus direitos trabalhistas para que nosso influencer possa combater o capitalismo confortavelmente por aqui.
“Acho que fizemos o nosso papel hoje, não?” – Izalci Lucas, senador (PL-DF), ao visitar Complexo da Papuda para averiguar condições de possível prisão de Bolsonaro, junto a outros senadores da base bolsonarista. Fizeram o seu papel sim. E que papelão histórico!
“Aquelas tranqueiras que governaram esse país não voltarão mais a governar” – Lula, durante mais um evento de pré-campanha. Achei deselegante falar isso no mesmo dia em que descartou o Rodrigo Pacheco para a vaga no Supremo.
“Critério para indicação ao Supremo deveria ser diversidade, não cálculo político” – Adilson Moreira, professor de direito constitucional. Até porque, se fôssemos nos apegar à “reputação ilibada” e ao “notório saber jurídico”, o STF seria um plenário cheio de cadeiras vazias.
“Sou a lei, sou o juiz, mandado é o c*” – suposto Policial Militar, durante megaoperação no RJ. Que absurdo, um policial querendo se passar por ministro do Supremo.
Apologia ao Crime
“Se eu postar uma foto dessas é apologia ao crime?” – perguntou Oruam, rapper preso por associação ao tráfico e filho do traficante Marcinho VP, sobre foto da deputada Júlia Zanatta (PL-SC) em trono feito de fuzis. É tudo uma questão de antecedentes. E antepassados, no seu caso.
“Não considero Cuba uma ditadura. Acredito que tenha um sistema democrático diferente do nosso” – Jeannette Jara, candidata comunista à presidência do Chile. Cuba está perto de ter um sistema “democrático” parecido com o nosso. A má notícia é que será pelos motivos errados.
“É por causa de piadas machistas como essa que a gente vê tantos feminicídios” – Domitila Becker, apresentadora de TV, dando bronca no colega Juca Kfouri por insinuar que pautas sobre relacionamentos devem ser cobertas por repórteres mulheres. Uma amiga minha foi levada às pressas ao hospital com suspeita de piada. Felizmente, o diagnóstico foi apenas um trocadilho de mau gosto, ela já recebeu alta e passa bem.
“Quem está em Tremembé não quer sair. Lá você trabalha, estuda, você vive em paz. Você pode dormir e ninguém vai te matar” – Sandrão, sequestradora, homicida e estrela da série “Tremembé”. Que paraíso, nem parece que fica no Brasil!
“Aumentar pena é fetiche, não combate crime” – Pedro Serrano, professor de direito da PUC, criticando aumento de pena para membros de facções criminosas. Fica a dica para o pessoal do 8 de janeiro: em vez de esperar pela anistia, talvez seja mais fácil se filiar logo ao Comando Vermelho.
“Eu acho graça. É um ‘case’ de sucesso” – Gilmar Mendes, ministro do Supremo (STF-MT), sobre o apelido “Gilmarpalooza” dado a evento onde promove encontros entre ministros do STF, empresários e políticos com processos na Corte. Não víamos um ‘case’ de tanto sucesso desde quando Al Capone dava consultoria de planejamento tributário.
“Parabenizo o ministro Messias pela indicação ao Supremo. Trata-se de nome qualificado e que preenche os requisitos constitucionais. Também cumprimento o presidente por sua indicação. Terá todo o meu apoio” – André Mendonça, ministro do STF, após indicação de “Bessias” para a Corte. Nunca mais reclamem do silêncio do André Mendonça.
“Com Bolsonaro aprendi que a corrupção é fichinha diante da ameaça à democracia” – Ruy Castro, escritor de extrema-esquerda. Uma análise lúcida. Afinal de contas, a probidade não paga os boletos.
Plantão Internacional
“Imagine all the people living life in peace” – Nicolás Maduro, ditador venezuelano, cantando “Imagine” de John Lennon, para pedir paz aos EUA. Certíssimo o Maduro! Na Venezuela de hoje, paz, liberdade, comida, remédio e democracia são coisas que só existem na imaginação mesmo.
“Brasil tem que defender a América do Sul” – Celso Amorim, parachanceler brasileiro, sobre ameaças de Trump ao narcoditador venezuelano Nicolás Maduro. Você sabia que a “Síndrome de Estocolmo” chama-se “Síndrome de Caracas” do lado de baixo do Equador?
Master dos Magos
“Tenho certeza de que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda, comentando operação que levou à prisão do presidente do Banco Master. Elementar, meu caro Andrade.
“Me aferrei a algo eivado de picaretagem, me confundindo completamente com o meu conceito em questão” – Elias Jabbour, economista de extrema-esquerda, se desculpando por defender o Banco Master no passado. Foi só a força do hábito, então.
Falou Merz...
“Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil: quem de vocês gostaria de ficar aqui? Ninguém levantou a mão. Todos ficaram felizes por termos voltado para a Alemanha, principalmente por termos saído daquele lugar onde estávamos” – Friedrich Merz, chanceler da Alemanha, criticando o Brasil após visitar Belém para a COP30. E quando a gente achava que o 7 a 1 já tinha acabado, vem o chanceler alemão e marca o oitavo gol.
“Merz: tua xenofobia é o novo muro de Berlim” – Jamil Chade, colunista do UOL. E nesse novo muro, para qual lado os comunistas estão querendo pular?
“Ele, na verdade, devia ter ido num boteco no Pará” – Lula, rebatendo críticas do chanceler alemão. Três caipivodkas de cupuaçu e o Merz já estaria elogiando o saneamento básico local. Com dez, iria jurar que Lula é a alma mais honesta do país.
“Ele não deve ter vivenciado a COP30. Ele não deve ter tomado um tacacá, visto um carimbó, uma aparelhagem” – Janja Lula da Silva, sobre as críticas de Merz à COP30. Ah, mas “aparelhagem” ele viu, sim. Viu o comitê aparelhado, as ONGs aparelhadas, o Ibama aparelhado... A única aparelhagem que faltou foram os equipamentos para os hospitais e o ar-condicionado do evento.
“Ainda não” – Janja Lula da Silva, respondendo se ela teria feito todas aquelas coisas. “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, até porque a Janja faz cada coisa do arco da velha...
“Belém não é desconforto; desconforto é a arrogância europeia disfarçada de diplomacia” – Duda Salabert, membro da Câmara dos Deputados (PDT-MG), criticando o chanceler alemão. Se tem alguém que possui lugar de fala quando se trata de arrogância e disfarce, é Duda Salabert.
“Poderia acontecer em qualquer lugar do planeta Terra” – Celso Sabino, ministro do Turismo, sobre incêndio na COP30. Concordo com o ministro. Poderia acontecer em qualquer lugar do planeta Terra. Desde que esse lugar ficasse no Brasil.
“Mais do que participantes, nós somos atoras [sic] principais da mudança climática” – Janja Lula da Silva, durante a COP30. Dizem que as flatulências bovinas afetam as mudanças “climáticas”. Mas, pelo visto, afetam ainda mais as mudanças “gramáticas”.
“Filhote de Hitler! Vagabundo! Nazista!” – Eduardo Paes, prefeito do Rio (PSD-RJ), xingando chanceler alemão após críticas a Belém. Não é à toa que o apelido dele na planilha da Odebrecht era “nervosinho”.
“Já dei minha desabafada de hoje. Fiquem tranquilos no Itamaraty. Viva a amizade Brasil e Alemanha que me emociona!” – Eduardo Paes, baixando a bola após deletar post em que xingava chanceler alemão. Há desabafos que pertencem ao divã, outros ao confessionário. E há aqueles que pertencem à latrina mesmo.
Memória
“É uma m**** de lugar” – Eduardo Paes, sobre a aprazível cidade de Maricá-RJ, em ligação com Lula interceptada em 2016. É “vagabundo nazista” que chama?