Carro de general russo foi destruído após a explosão de um dispositivo explosivo plantado sob o veículo em uma área residencial de Moscou (Foto: EFE/EPA/MAXIM SHIPENKOV)

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Um oficial de alto escalão do Estado-Maior do Exército russo morreu nesta segunda-feira (22) após a explosão de seu automóvel em um bairro ao sul de Moscou, segundo informou o Comitê de Instrução da Rússia (CIR), que atribuiu o atentado ao serviço de inteligência da Ucrânia.

"Segundo a investigação, (...) na rua Yasenevo, em Moscou, foi acionado um artefato explosivo colocado embaixo de um automóvel. Em consequência dos ferimentos recebidos, morreu o chefe da direção de operações militares do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, o tenente-general Fanil Sarvarov", declarou a porta-voz do CIR, Svetlana Petrenko.

A explosão ocorreu em um estacionamento a 150 metros da casa onde vivia o general, que combateu na Chechênia e na Síria, entre outros conflitos.

O jornal Kommersant informou que a causa da explosão foi uma mina magnética presa à parte inferior do veículo. Segundo vários canais do Telegram, o general percorreu centenas de metros em seu carro antes que o artefato fosse acionado.

Petrenko indicou que os investigadores avaliam diversas versões para o assassinato, uma das quais vincula o atentado aos serviços de inteligência ucranianos.

"A direção principal de investigações do CIR abriu um processo criminal por assassinato e tráfico ilegal de substâncias explosivas", assinalou. Investigadores e peritos criminais do escritório central do CIR já foram enviados ao local do crime.

"A perícia no local dos fatos continua. Os investigadores realizarão as análises necessárias, incluindo exames de medicina forense e de explosivos. Testemunhas estão sendo interrogadas e as câmeras de segurança, revisadas", afirmou.

O CIR publicou no Telegram um vídeo do automóvel danificado, no qual é possível ver vestígios de sangue da vítima.

Sarvarov, nascido em 1969, era graduado pela Academia Superior de Tanques de Kazan, pela Academia Militar de Blindados e pela Academia Militar do Estado-Maior da Rússia. Em 2022, ele foi incluído no site ucraniano Mirotvorets, que lista os "inimigos da Ucrânia".

Após o início da guerra, a Ucrânia perpetrou vários ataques semelhantes que resultaram na morte do tenente-general Yaroslav Moskalik, vice-chefe do comando de operações do Estado-Maior das Forças Armadas russas, e do tenente-general Igor Kirillov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia.

O ditador russo, Vladimir Putin, que foi informado imediatamente sobre a explosão, já havia criticado os serviços secretos anteriormente por falhas na proteção de altos comandos do Exército.

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