O incêndio ocorrido nesta quinta-feira (20) em um dos pavilhões da COP 30, em Belém, foi precedido de um alerta formal enviado pela ONU. Afinal, o secretário executivo Simon Stiell havia advertido o Governo Lula sobre os riscos de segurança devido à "exposição elétrica" no local. As causas do incêndio estão sendo investigadas.

No documento, Stiell relatou diversos problemas estruturais, incluindo temperaturas extremamente altas devido à falha do ar condicionado, inundações significativas em várias áreas e "potenciais riscos à segurança devido à exposição elétrica" causada pela entrada de água pelo teto e luminárias. O secretário pediu reparos urgentes e medidas de impermeabilização.

No entanto, a Casa Civil negou o alagamento do local, afirmando que houve apenas "goteiras" causadas por "rompimento de calhas", que foram prontamente reparadas. Contudo, após o incêndio desta quinta-feira (20), que forçou a evacuação, o ministro do Turismo, Celso Sabino, tentou minimizar o ocorrido, afirmando que o fogo “poderia acontecer em qualquer lugar do planeta”.

Lula exalta atuação da primeira-dama Janja na COP 30

Na reta final da COP 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o papel da primeira-dama, Janja, no evento. Na ocasião, Lula afirmou que a presença de Janja não se deu apenas por ser sua esposa, mas porque ela "tinha uma função" e trabalhou bastante para levar a discussão da participação feminina ao Brasil e ao mundo.

Em seu balanço da conferência, o presidente evitou citar os impasses sobre o texto decisório final. No entanto, ressaltou que todos os dirigentes devem tratar da discussão sobre o clima com seriedade, e não apenas "meia dúzia de intelectuais". Ainda, Lula destacou que os países ricos precisam ajudar os países pobres.

Além disso, o petista manifestou o desejo de convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a seriedade da questão climática. Lula convidou Trump para a COP 30, apesar de o governo americano não ter enviado delegação. Por fim, o presidente brasileiro disse sonhar em ver o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, pois, segundo ele, a guerra "já não existe mais razão de continuar".

Governo é derrotado na Câmara e corre para mudar PL antifacção no Senado

Após a derrota na Câmara dos Deputados, na votação do Projeto de Lei (PL) antifacção, o governo Lula tentará reverter o texto no Senado. Afinal, o Planalto vê “excessos” e “fragilidades técnicas” na versão aprovada, argumentando que o relatório de Guilherme Derrite (PP-SP) retirou ferramentas de investigação importantes e criou conceitos jurídicos vagos, como “organização criminosa ultraviolenta”.

Portanto, a estratégia do governo no Senado é negociar mudanças com o relator Alessandro Vieira (MDB-SE). Pretende-se reincluir ferramentas de investigação e alterar o modelo de divisão dos bens apreendidos, centralizando recursos na Polícia Federal. Em contraste, a oposição celebrou o resultado na Câmara, defendendo que o país precisa de uma “legislação de guerra em tempos de paz”. E, dessa forma, asfixiar financeiramente os grupos criminosos.

Na prática, o PL aumenta as penas para crimes graves cometidos por facções (de 20 a 40 anos). Também torna a progressão de regime mais difícil (cumprimento de até 85% da pena) e tipifica novos crimes, como o “novo cangaço” e o uso de drones em ações ilícitas.

Veja os destaques do Café com a Gazeta do Povo desta sexta-feira (21)

  • DEPUTADO DO PT É FLAGRADO EM BRIGA DE RUA NO CENTRO DE CURITIBA;
  • LULA BATE O MARTELO E INDICA JORGE MESSIAS PARA O SUPREMO;
  • OPOSIÇÃO QUER INVESTIGAR MESSIAS POR PREVARICAÇÃO NO CASO DAS FRAUDES DO INSS;
  • LIQUIDAÇÃO DO BANCO MASTER IMPACTA 12,4 MILHÕES DE CLIENTES E GERA ROMBO BILIONÁRIO;

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