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A ativista Greta Thunberg foi detida nesta terça-feira (23) pela polícia de Londres durante um ato de apoio a manifestantes do grupo Palestine Action (Ação Palestina, em português) que realizam uma greve de fome na prisão, segundo informou o grupo de campanha Defend Our Juries (Defenda Nossos Júris, em português), com sede no Reino Unido.
A sueca uniu-se a dezenas de pessoas na segunda-feira para demonstrar solidariedade aos oito detidos do Ação Palestina, grupo que foi banido pelo governo do Reino Unido.
O Prisioneiros pela Palestina publicou nesta terça-feira, em sua conta na rede social Instagram, um vídeo no qual a ativista aparece sentada no chão segurando um cartaz de apoio aos detidos, enquanto dois policiais filmam o momento de sua prisão.
Segundo o grupo, Thunberg foi detida durante o ato de protesto em frente ao edifício da Aspen Insurance, seguradora da empresa de armas Elbit Systems, que possui vínculos com Israel.
A ativista foi detida com base na lei antiterrorismo por exibir um cartaz que dizia: "Apoio os presos do Ação Palestina. Oponho-me ao genocídio".
O grupo afirmou ter essa companhia como alvo por prestar serviços à empresa de defesa Elbit Systems. Dois ativistas jogaram tinta vermelha na fachada do edifício antes de a polícia chegar e efetuar as prisões.
A Polícia Metropolitana de Londres (Met) indicou em comunicado que na manhã desta terça-feira "martelos e tinta vermelha foram utilizados para danificar um edifício" em Londres, resultando na prisão de "um homem e uma mulher sob suspeita de danos criminais".
"Eles se prenderam perto da porta e agentes especializados estão trabalhando para libertá-los e colocá-los sob custódia policial", informou a corporação.
"Pouco depois, uma mulher de 22 anos também compareceu ao local. Ela foi detida por exibir um objeto (neste caso, uma faixa) em apoio a uma organização banida (neste caso, o Ação Palestina), violando o artigo 13 da Lei Antiterrorismo de 2000", acrescentou a Met no comunicado, em aparente referência a Thunberg.
O governo britânico decidiu este ano banir o grupo Ação Palestina após determinar que suas atividades ultrapassaram o limite do que é considerado terrorismo segundo a lei antiterrorista de 2000.
Os principais motivos citados pelo governo de Keir Starmer incluíram danos criminais graves, ocorridos depois que membros do grupo invadiram a base aérea militar de Brize Norton, no sul da Inglaterra, em junho deste ano, onde ativistas pintaram duas aeronaves militares de vermelho.