Segundo a PF, o ex-presidente do INSS recebeu o apelido de "Italiano" na planilha da propina. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil.)

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A Polícia Federal revelou um esquema de desvio milionário no INSS ao descobrir planilhas de propina destinadas a agentes públicos e políticos. Apelidada de "contabilidade paralela", a documentação detalha a rota do dinheiro ilegalmente descontado de aposentadorias e pensões.

O que a Polícia Federal encontrou?

Foram encontradas planilhas que funcionavam como uma "prestação de contas” das propinas. Esses documentos, organizados por um operador financeiro, usavam codinomes como "Italiano" e "Heróis" para identificar os recebedores do dinheiro. Os valores batiam com as movimentações feitas por empresas de fachada, evidenciando um esquema para distribuir os recursos desviados e ocultar a identidade dos envolvidos.

Como funcionava a fraude no INSS?

A Confederação Nacional de Agricultores Familiares (Conafer) enviava ao INSS listas para descontos em folhas de pagamento de aposentados, muitas vezes sem autorização válida. A entidade recebeu mais de R$ 708 milhões, dos quais quase R$ 641 milhões foram desviados para empresas de fachada e operadores. As propinas pagas a servidores e políticos garantiam que o acordo fosse mantido e que a fraude não fosse fiscalizada.

Quem são os principais citados na planilha?

A investigação decodificou os apelidos. "Italiano" era o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. O deputado federal Euclydes Pettersen era o "Herói E", apontado como o mais bem pago, com R$ 14,7 milhões. "Herói V" era o ex-procurador do INSS Virgílio Oliveira Filho. Também foram identificados um ex-diretor de benefícios ("Herói A") e um ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro ("São Paulo Yasser").

Como o grupo criminoso era organizado?

A estrutura era dividida em três partes. O "núcleo de comando", liderado pelo presidente da Conafer, orientava as fraudes e a articulação política. O "núcleo financeiro" era responsável por lavar o dinheiro desviado. Já o "núcleo político", que incluía o deputado Euclydes Pettersen, atuava para dar proteção ao esquema, evitando investigações e garantindo a manutenção do acordo com o INSS.

O que diz a defesa dos acusados?

A defesa de Alessandro Stefanutto alega que a prisão é ilegal, pois ele colabora com a investigação. O deputado Euclydes Pettersen nega ter relação ilícita com a entidade ou vínculo com o INSS. Já a Conafer invocou a presunção de inocência, classificou a exposição midiática como uma "cortina de fumaça" e afirmou que a paralisação de suas atividades prejudica milhares de famílias.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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