Lula anuncia saída de Celso Sabino do Turismo e indica Gustavo Feliciano para o cargo

Ministro foi expulso do União Brasil após a sigla decidir deixar o governo; indicação tenta recompor relação com ala governista do partido

  • Por Jovem Pan
  • 17/12/2025 16h00 - Atualizado em 17/12/2025 16h17
Ricardo Stuckert/PR Lula e Celso Sabino O presidente Lula explicou que Celso Sabino precisaria sair antes por decisão do União Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (17) a saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo. Expulso do União Brasil no início de dezembro, o ministro deixará o cargo antes do prazo geral de abril para desincompatibilização, após o partido reivindicar a vaga na Esplanada. Para substituí-lo, conforme apuração do repórter André Anelli, da Jovem Pan, o governo indicou Gustavo Feliciano, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB) e ex-secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba,

O anúncio foi feito por Lula durante reunião ministerial na Granja do Torto. O presidente afirmou que contaria com os ministros até abril, mas explicou que Sabino precisaria sair antes por decisão do União Brasil. Lula desejou boa sorte ao ex-ministro, que pretende disputar uma vaga no Senado em 2026 e deve retomar o mandato de deputado federal pelo Pará.

A crise entre Sabino e o União se intensificou após a legenda decidir desembarcar do governo petista, em setembro, preservando apenas indicados sem mandato. No fim de novembro, o Conselho de Ética recomendou a expulsão do ministro e a dissolução do diretório do Pará, então presidido por ele. A executiva nacional confirmou a saídaem 8 de dezembro.

Pesou contra Sabino a decisão de permanecer no governo mesmo após a orientação partidária para que filiados deixassem cargos na gestão federal. Ele alegou a necessidade de acompanhar agendas ligadas à COP30, prevista para Belém, e afirmou que a expulsão ocorreu por ter se mantido no ministério e por “ajudar o Pará”.

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A troca no Turismo é vista no Planalto como uma tentativa de recompor pontes com uma ala do União Brasil disposta a apoiar o governo, inclusive a reeleição de Lula em 2026. Apesar disso, não há consenso interno no partido. Setores que defenderam o rompimento com o petista criticam a indicação de um novo nome. Bancadas como as de São Paulo e Goiás manifestam resistência. Aliados de Antônio Rueda, presidente do União, afirmam que o movimento não representa uma recomposição formal com o governo, mas pode sinalizar um início de distensão.