Lula diz ser ‘amigo’ de Motta e Alcolumbre e fala em ‘aparar arestas’

O chefe do Executivo fez aceno para se reaproximar da cúpula do Legislativo após semanas de afastamento

  • Por Júlia Mano
  • 17/12/2025 17h08
Wilton Junior/Estadão Conteúdo O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)(c), entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasi-AP)(e), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos- PB), durante a cerimônia de assinatura da medida provisória da reforma do setor elétrico, no Palácio do Planalto Após divergências, Lula acabou afastado de Alcolumbre e Motta, mas se movimenta para se reaproximar dos líderes do Legislativo

O chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez acento para continuar movimento de reaproximação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Em fala durante a reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (17), o petista disse ser “amigo” da cúpula do Legislativo.

“Na hora que surgir uma divergência, é importante a gente lembrar que precisamos conversar mais e aparar as arestas“, disse Lula.

O petista afirmou que é “grato” pelo trabalho feito com Motta e Alcolumbre, mas também com Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.

“Não conheço na história um governo que conseguiu, em um Congresso adverso igual pegamos, aprovar metade do que aprovamos. Portanto, é a vitória do multilateralismo, da paciência e da conversa”, afirmou Lula.

Na terça-feira (16), Lula telefonou para Motta. Aliados do presidente da Câmara interpretou o gesto como uma tentativa de aproximação após a relação entre os dois ficar desgastada, principalmente, por divergências em pautas de segurança pública. A indicação de um aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a relatoria do PL Antifacção estremeceu o relacionamento.

Já Alcolumbre ficou irritado após Lula indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente do Senado defendia o nome de Rodrigo Pacheco para ocupar, na Corte, a cadeira que era do ex-ministro Luís Roberto Barroso.