Lula ligou para o presidente da Câmara, Hugo Motta, reclamando da escolha do relator do projeto antifacção (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

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A crise entre o governo Lula e o presidente da Câmara, Hugo Motta, levou a um recuo no projeto Antifacção. Após pressão do Planalto, o relator Guilherme Derrite mudou seu parecer, que era criticado por limitar a Polícia Federal e classificar facções criminosas como grupos terroristas em Brasília.

Por que a escolha do relator gerou crise?

A crise começou quando o presidente da Câmara, Hugo Motta, nomeou o deputado Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo e adversário político do governo, como relator do projeto. O Planalto viu a escolha como uma “provocação” e uma tentativa de desfigurar a proposta original, gerando forte reação.

Quais eram os pontos mais polêmicos do relatório?

O parecer inicial de Derrite propunha duas mudanças que desagradaram ao governo. A primeira limitava a atuação da Polícia Federal, condicionando-a à permissão de autoridades estaduais. A segunda incluía facções criminosas e milícias na Lei Antiterrorismo, o que o Executivo considerou juridicamente frágil e um risco à soberania.

Como o governo reagiu para reverter a situação?

O governo agiu em várias frentes. O presidente Lula telefonou diretamente para Hugo Motta para reclamar da escolha do relator. Além disso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reuniu-se com Motta para apresentar as objeções técnicas, enquanto a ministra Gleisi Hoffmann criticou publicamente a manobra política.

A pressão do governo funcionou?

Sim. Após as negociações, Derrite apresentou uma nova versão do relatório, recuando nos pontos mais sensíveis. A nova proposta restabeleceu a autonomia da Polícia Federal para investigar e retirou a classificação de facções como organizações terroristas, atendendo às principais demandas do Palácio do Planalto.

Qual o pano de fundo político dessa disputa?

A disputa é vista como um movimento no xadrez para as eleições de 2026. A indicação de Derrite, ligado ao governador Tarcísio de Freitas (potencial candidato à Presidência), foi interpretada como uma forma de fortalecer a oposição. O embate ocorre em um momento de baixa aprovação do governo Lula na área de segurança pública.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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