Mulher morre após ser atacada pelo próprio pitbull no quintal de casa
Vítima de 25 anos era tutora do animal e sofreu ferimentos graves nos braços e no abdômen; caso ocorreu em Campinas, no interior de São Paulo
Uma mulher de 25 anos morreu após ser atacada por um cão da raça pitbull no quintal de casa, na Vila Industrial, em Campinas (SP), na manhã desta terça-feira (23). A morte foi confirmada pela Polícia Militar. Segundo a corporação, a vítima, identificada como Juliana de Oliveira, era tutora do animal. Ela sofreu ferimentos graves nos braços e no abdômen. O resgate foi acionado, mas o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito no local.
De acordo com a Polícia Militar, vizinhos ouviram os gritos de socorro e tentaram intervir para conter o animal. Um deles tentou afastar o cão com uma barra de ferro, sem sucesso. O pitbull só foi contido minutos depois, antes da chegada das equipes de emergência. No momento do ataque, a mulher estava em casa com a filha de oito meses. A criança não se feriu. O marido da vítima chegou posteriormente ao imóvel e ajudou a controlar o animal.
O Corpo de Bombeiros capturou o pitbull, que será encaminhado ao Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal de Campinas. A perícia foi acionada para analisar o local, que foi isolado para os trabalhos técnicos.
A ocorrência foi registrada na Polícia Civil, no 3º Distrito Policial de Campinas, inicialmente como morte suspeita. O caso será investigado para apurar as circunstâncias do ataque.
O que fazer em caso de ataque?
Para evitar ataques de cães da raça pitbull — ou de qualquer animal de grande porte e mandíbula forte — especialistas em comportamento animal e segurança pública reforçam que a prevenção passa tanto pela postura humana quanto pela guarda responsável. Aqui estão as principais recomendações baseadas em protocolos de adestradores e autoridades de saúde:
1. Prevenção no dia a dia
- Mantenha a distância: nunca se aproxime de um animal desconhecido, especialmente se ele estiver se alimentando, dormindo ou com filhotes.
- Respeite os sinais: antes de um ataque, o cão costuma dar sinais: corpo rígido, olhar fixo, rosnados ou orelhas voltadas para trás. Se notar isso, afaste-se lentamente.
- Guia e focinheira: em locais públicos, a legislação brasileira exige que cães de raças consideradas fortes utilizem guia curta e, em muitos estados, focinheira.
2. Como agir em uma situação de tensão
Se você for confrontado por um cão agressivo, o segredo é o controle emocional:
- Não corra: o movimento brusco ativa o instinto de caça do animal.
- Não encare: olhar fixamente nos olhos é interpretado como um desafio ou ameaça.
- Fique de lado: posicione o corpo lateralmente. Isso o torna um “alvo” menor e demonstra uma postura não agressiva.
- Mantenha as mãos baixas: não levante os braços nem grite, pois isso aumenta a agitação do cão.
3. Em caso de ataque iminente
Se o cão avançar, a prioridade é proteger áreas vitais:
- Use um objeto como escudo: coloque uma mochila, guarda-chuva, casaco ou até uma pasta entre você e o animal. Deixe que ele morda o objeto.
- Proteja o pescoço e o rosto: se cair no chão, encolha-se em posição fetal, protegendo a nuca com as mãos e encolhendo os joelhos para proteger o abdômen.
- Não puxe: se ocorrer a mordida, tentar puxar o membro pode causar lacerações mais graves.

