Papa Leão XIV preside primeira Missa do Galo e diz que ‘negar ajuda a pobres é rejeitar a Deus’

Celebração de Natal reuniu cerca de 6 mil fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano

  • Por Jovem Pan
  • 24/12/2025 20h07
Andreas Solaro/AFP O papa Leão XIV distribui a comunhão durante a missa da Vigília de Natal na Basílica de São Pedro O papa Leão XIV distribui a comunhão durante a missa da Vigília de Natal na Basílica de São Pedro

O papa Leão XIV presidiu na noite desta quarta-feira (24) a sua primeira Missa do Galo como líder da Igreja Católica, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A celebração marcou o início oficial do Natal e reuniu cerca de 6 mil fiéis no interior da basílica, além de milhares de pessoas que acompanharam a cerimônia por telões instalados na Praça de São Pedro, mesmo sob chuva.

Antes do início da missa, o pontífice saudou os fiéis e desejou boas festas. “Queremos celebrar juntos a festa do Natal. Jesus Cristo, que nasceu por nós, nos traz a paz e o amor de Deus”, afirmou. A celebração foi precedida pela tradicional Kalenda, anúncio solene do nascimento de Jesus. Em seguida, Leão XIV desvelou a imagem do Menino Jesus, momento marcado pelo toque dos sinos e pela iluminação da basílica, sinalizando liturgicamente o início do Natal.

Em sua homilia, o papa destacou que o Natal não celebra uma ideia abstrata, mas a presença concreta de Deus na história. Segundo ele, a humanidade buscou por séculos respostas para o sentido da vida “olhando para o alto”, mas permanece na escuridão até reconhecer a luz que nasce com Jesus. “A onipotência de Deus resplandece na impotência de um recém-nascido”, disse, ao afirmar que o nascimento de Cristo revela a dignidade de cada vida humana.

Leão XIV alertou para a exclusão dos mais frágeis como uma das principais feridas do mundo atual. Retomando palavras do papa Bento XVI, afirmou que não há espaço para Deus quando não há espaço para o ser humano. “Recusar a pessoa humana é recusar o próprio Deus”, declarou, ao mencionar crianças, pobres e estrangeiros como grupos frequentemente marginalizados.

O pontífice também criticou modelos econômicos que tratam pessoas como mercadoria e contrapôs essa lógica ao Natal cristão. “Enquanto o homem quer dominar o próximo, Deus se faz homem para nos libertar de toda a escravidão”, afirmou. Para Leão XIV, a humildade do nascimento de Jesus é resposta às injustiças e um chamado à esperança.

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Ao final da celebração, o papa conduziu em procissão a imagem do Menino Jesus até o presépio da Basílica de São Pedro, acompanhado por crianças que ofereceram flores. Nesta quinta-feira (25), ele preside a missa do dia de Natal e, em seguida, concede a tradicional bênção “Urbi et Orbi”.