Nascimento do Messias, cirurgia de um Messias
Seus filhos e sua esposa estão em oração pela vida do pai, do marido, do chefe da família. E eu me uno a eles
Magno Malta - 25/12/2025 09h13

Hoje é Natal. Para nós, cristãos, é o dia em que a esperança ganhou carne, nome e propósito. Não entro na discussão teológica sobre a data exata do nascimento de Jesus. O calendário pouco importa diante do símbolo. O que celebramos hoje é a vinda da Luz ao mundo, o cumprimento da promessa, Deus visitando a humanidade em sua maior fragilidade.
E é exatamente por isso que este dia me atravessa de forma ainda mais profunda.
Enquanto celebramos o nascimento do Messias, Jesus Cristo, outro Messias enfrenta hoje uma mesa de cirurgia. Jair Messias Bolsonaro se submete a sua oitava intervenção cirúrgica, consequência direta da facada sofrida em 2018. Um atentado que não foi apenas contra um homem, mas em oposição a tudo o que ele representava ao romper com o sistema.
Faço aqui uma pausa necessária. Não há, da minha parte, qualquer comparação herética entre Jesus Cristo e um homem. Cristo é o Filho unigênito de Deus, o Salvador da humanidade. Isso é absoluto. Mas a própria Bíblia nos ensina que Deus levanta homens para cumprir missões, e que esses homens, invariavelmente, pagam um preço alto. A perseguição sempre foi a linguagem do sistema diante daqueles que o desafiam.
Hoje, enquanto lares brasileiros se reúnem em torno da mesa, Bolsonaro está em um hospital. Seus filhos e sua esposa estão em oração pela vida do pai, do marido, do chefe da família. E eu me uno a eles. Oro como cristão, como pai, como amigo, como alguém que conhece o peso da perseguição e o custo de não se curvar.
Bolsonaro foi “caçado” politicamente, ferido fisicamente e atacado moralmente. Governou sob bombardeio permanente, enfrentou imposições, sabotagens e narrativas que tentaram reescrever a realidade. Saiu de uma reeleição sendo chamado de ter praticado golpe de Estado por aqueles que sempre manipularam o jogo. Depois vieram os cerceamentos, as ameaças, a vigilância extrema, a tornozeleira, a prisão domiciliar e, por fim, a solitária. Tudo isso somado a um corpo marcado pela violência e por sucessivas cirurgias.
Por isso eu disse, e repito: querem matar Bolsonaro. O sistema não tolera quem não se submete. Cristo também não agradou ao sistema de seu tempo e foi perseguido até a cruz. As semelhanças aqui não estão na divindade, mas no método da perseguição.
Neste Natal, deixo minha solidariedade à família Bolsonaro. Minhas orações são por Jair Messias e por todos os seus. Convido cada brasileiro que crê a fazer o mesmo. Que celebremos o nascimento de Jesus com fé no coração e esperança na alma, certos de que Deus é misericordioso, soberano e ainda cuida desta nação.
|
Magno Malta é senador da República. Foi eleito por duas vezes o melhor senador do Brasil. |














