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O ativista Mykola Kuleba, fundador da ONG Save Ukraine, comanda uma operação para resgatar crianças ucranianas sequestradas por Moscou. Por meio de uma rede clandestina, ele luta para impedir a "russificação" e a militarização de menores, crimes que levaram o TPI a emitir um mandado de prisão contra Putin.
Por que a Rússia está sequestrando essas crianças?
A Rússia mantém uma política para apagar a identidade ucraniana dessas crianças. Seus nomes e datas de nascimento são alterados, e elas são forçadas a obter a cidadania russa. O objetivo é destruir a Ucrânia como nação e usar os jovens nas Forças Armadas. Além disso, cada criança resgatada é uma testemunha de crimes de guerra.
Como funcionam os resgates?
A ONG Save Ukraine desenvolveu um sistema chamado de “ferrovia subterrânea”, que opera de forma confidencial. Investigadores localizam as crianças e mediadores fazem o contato, muitas vezes tendo que desfazer a propaganda russa. A organização também encontra e financia a perigosa viagem de parentes para buscar os menores em áreas controladas pelos russos.
O que acontece com as crianças após o resgate?
O resgate é só o começo. As crianças voltam com traumas graves, incluindo abusos físicos e psicológicos. Elas recebem cuidados especializados em “Centros de Esperança e Cura”, com apoio psicológico, legal e médico. Algumas precisam de até três anos de reabilitação intensiva para se desconectar da forte propaganda russa a que foram submetidas.
Qual a dimensão desse problema?
Os números são incertos, mas alarmantes. A Save Ukraine já resgatou 981 crianças. Oficialmente, a Ucrânia fala em 19.500 menores desaparecidos, mas o número real pode ser muito maior. A própria Rússia, por meio de sua comissária para os direitos da criança, chegou a afirmar ter registrado a transferência de mais de 700 mil crianças ucranianas para seu território.
O que a comunidade internacional tem feito a respeito?
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Vladimir Putin e sua comissária para os direitos da criança pela deportação forçada. O trabalho de Kuleba foi reconhecido com o Prêmio Magnitsky, nomeado em homenagem a um advogado russo que morreu após denunciar corrupção. A premiação deu nome a uma lei, a Lei Magnitsky, que pune violadores de direitos humanos no mundo.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.