Os desafios do fim do ano

Está mais fácil acabar o mundo do que acabar o ano

  • Por Bia Garbato
  • 24/12/2025 08h00
Freepik Uma família adorável a desfrutar de uma festa de Ano Novo. Vida não tem CTRL+Z (o maravilhoso comando “desfazer”), mas podemos nos surpreender com coisas incríveis não programadas que aconteceram

Vou chutar — e provavelmente acertar — que, para a maioria das pessoas, 2025 não foi fácil. Ouvi de muita gente que foi um ano “desafiador”. Desafiador é um jeito bonitinho de falar que o ano foi foda. Não vou entrar no mérito do cenário mundial, da economia ou da política. Estaríamos perdidos.

Todo dezembro eu penso: “Tá mais fácil acabar o mundo do que acabar o ano” ou “Se eu não morrer até o final do ano é que eu sou imortal”. É confraternização da empresa, amigo secreto das amigas da 4ª série B, da turma de formandos de 2002 da facu, pré-Natal pra todo lado… Se o Natal já é desafiador (foda), pra que ter que enfrentar arroz à grega mais vezes, já que nunca antecipam a rabanada? E, como se não bastasse, ainda temos que achar um vestidinho branco que não seja transparente.

Sem contar que sempre tem um projeto importantíssimo para ser entregue antes do fim do ano/mundo. Como diz meu irmão: até lá fazemos cárdio sentados na frente do computador, já que a frequência cardíaca basal fica em 130 (sensação de infarto iminente).

Finalmente chegam as férias coletivas, aquela pausa entre o último dia útil antes do Natal e o primeiro dia inútil do ano (2/1). Eu fico entre a alegria de poder ir à tarde na piscina do clube (mesmo tendo que lutar por uma espreguiçadeira) e a ansiedade de arrumar alguém pra fazer minha mão nessa época, que inevitavelmente lasca ao abrir o presente que ganhei em um dos amigos secretos.

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Todo ano novo rola uma reflexão. Um balanço do ano que se passou e a lista, geralmente longa, de desejos para o próximo. Sempre haverá coisas que não saíram como a gente queria. Infelizmente, a vida não tem CTRL+Z (o maravilhoso comando “desfazer” no computador). Mas também podemos nos surpreender com quantas coisas incríveis, que não estavam na lista, aconteceram.

De um jeito ou de outro, você evoluiu, resistiu e venceu, afinal, está aqui lendo essa coluna. Pra você, eu desejo um ano, mesmo que desafiador, foda de bom.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.