O ditador da Rússia, Vladimir Putin: Otan mobiliza caças em países aliados vizinhos da Ucrânia (Foto: VLADIMIR SMIRNOV/SPUTNIK/KREMLIN/EFE/EPA)

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A Rússia lançou novos ataques com mais de 500 drones e mísseis nesta quarta-feira (19) contra a Ucrânia, deixando mais de duas dezenas de pessoas mortas. Nesse mesmo tempo, parte de um destacamento da Otan precisou ser acionada para interceptar um drone russo que violou o espaço aéreo da Romênia.

O Ministério de Defesa do país membro da União Europeia e da aliança militar informou que dois caças nacionais e dois alemães decolaram pouco depois da meia-noite de quarta após a aeronave russa ter sido detectada a cerca de oito quilômetros dentro do território romeno.

Segundo o governo, o drone foi detectado por um radar por aproximadamente 12 minutos e voou em direção à Moldávia antes de retornar ao norte da Romênia, momento em que dois caças F-16 da Força Aérea Romena foram acionados para interceptá-lo. As autoridades não relataram nenhum impacto do drone em solo romeno.

O novo ataque mortal russo na Ucrânia atingiu setores de energia, transporte e infraestrutura civil, segundo o presidente Volodymyr Zelensky. De acordo com a Força Aérea, as defesas ucranianas interceptaram 442 drones e 41 dos mísseis lançados pela Rússia no bombardeio.

Durante os ataques, a Polônia, outro país vizinho da Ucrânia e membro da Otan que tem enfrentado ameaças constantes de Moscou, também acionou jatos de combate como precaução.

Zelensky afirmou que este novo ataque russo demonstra que "a pressão sobre a Rússia não é suficiente", e pediu mais sanções ao Kremlin e ajuda adicional à Ucrânia para se proteger dos bombardeios inimigos.

A nova ofensiva russa surge um dia depois que os Estados Unidos autorizaram a venda à Ucrânia de novos sistemas de defesa antiaérea Patriot no valor de US$ 105 milhões, segundo informou o Departamento de Estado americano.

Também nesta quarta-feira, o Reino Unido informou sobre a detecção de um navio espião russo perto de seus territórios, nas imediações de águas britânicas ao norte da Escócia.

Segundo o ministro da Defesa britânico, John Healey, uma fragata da Royal Navy (Marinha britânica) e aviões da RAF (Força Aérea) foram mobilizados e receberam ameaças com laser.

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