Pedágio free flow é aquele em que não há cabine de cobrança nem cancela, e o motorista deve ter a tag de pagamento automático no para-brisa ou então pagar pelo site ou, ainda, por um aplicativo de celular em até 30 dias depois da passagem pelo portal de cobrança com o veículo. (Foto: Célio Messias/Governo de SP)

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A instalação de pedágios "free flow" (sem cancelas) em rodovias de São Paulo pelo governo Tarcísio de Freitas tem gerado uma onda de protestos de motoristas e prefeitos, além de causar um racha na base aliada do governador. A medida impopular já levou à suspensão de 12 pontos de cobrança.

O que exatamente é o pedágio free flow?

É um sistema de cobrança automática sem cabines ou cancelas. Pórticos instalados na via, equipados com câmeras e sensores, identificam os veículos. O pagamento pode ser feito por uma tag no para-brisa (como as já existentes) ou de forma manual, pelo site ou aplicativo da concessionária, em até 30 dias após a passagem. O objetivo é dar mais fluidez ao trânsito e possibilitar uma cobrança mais justa, por trecho percorrido.

Por que o sistema tem gerado tanta polêmica?

A principal queixa é que os pedágios estão sendo instalados em rodovias secundárias usadas para deslocamentos curtos e diários, como ir ao trabalho ou à escola, onerando a rotina de moradores do interior. Muitos motoristas também reclamam da falta de informação sobre o funcionamento do sistema, o que tem resultado em um alto número de multas por falta de pagamento.

O que acontece com quem não paga a tarifa?

O motorista que não efetuar o pagamento da tarifa em até 30 dias comete uma infração de trânsito grave. A punição é uma multa no valor de R$ 195,23, além da perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Um sistema similar na rodovia Rio-Santos, por exemplo, chegou a aplicar um milhão de multas em pouco mais de um ano.

Qual o impacto político para o governador Tarcísio de Freitas?

A forte rejeição popular está causando um grande desgaste político. Além da oposição, deputados da própria base aliada do governador se voltaram contra a medida e a classificam como um absurdo. Prefeitos de cidades afetadas, como Mogi das Cruzes, chegaram a entrar na Justiça para tentar barrar as cobranças, refletindo a impopularidade do novo sistema.

Qual foi a reação do governo diante da pressão?

Apesar de defender o modelo como uma modernização necessária, a gestão Tarcísio de Freitas já cedeu à pressão. Dos pedágios planejados, o governo suspendeu ao menos 12 pontos de cobrança em rodovias do interior. Alguns foram cancelados definitivamente, enquanto outros que já estavam em funcionamento tiveram a cobrança interrompida, sem previsão de retorno.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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