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A Polícia Federal (PF) identificou 2.270 drones sobrevoando áreas proibidas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém. O dado foi divulgado nesta terça-feira (18), e abrange o período de 31 de outubro a 15 de novembro.
Além dos mais de 2 mil drones que conseguiram alçar voo ilegalmente, a corporação informou que impediu 184 tentativas de voo proibido. O monitoramento é realizado pelo Centro Integrado de Controle de Aeronaves Remotamente Pilotadas e Contramedidas (CIC-ARP/CM), sob direção da PF e apoio das Forças Armadas e outros órgãos de segurança pública.
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Estão sob vigilância da PF, além da própria sede da COP, o Aeroporto Internacional de Belém e o Porto Outeiro. O centro de controle conta com equipamentos que permitem detectar os drones em um raio de até dez quilômetros, permitindo a neutralização quando se aproximam a menos de dois quilômetros. Além disso, a PF utiliza jammers, equipamentos que permitem interferir nos sinais transmitidos do controle ao drone, bem como ferramentas para assumir o controle das aeronaves não tripuladas.
Até o próximo domingo (23), a capital Belém e as cidades Altamira e Tucuruí estão sob uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em locais estratégicos. A operação ocorre após solicitação do governador do estado, Helder Barbalho (MDB), e gerou controvérsia por ser decretada na semana seguinte à Operação Contenção, no Rio de Janeiro. O presidente Lula (PT) desconsiderou aplicar a GLO no Rio.
"A pilotagem de drones está terminantemente proibida nas áreas de interesse da conferência e da segurança presidencial, especialmente nas proximidades do Aeroporto Internacional de Belém, Parque da Cidade, Porto Miramar, Porto Outeiro e locais onde se encontrar o Presidente da República", informou a PF.