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O ditador da Rússia, Vladimir Putin. (Foto: Maxim Shipenkov/EFE/EPA)

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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou nesta quarta-feira (17) ampliar a ofensiva militar na Ucrânia caso Kiev e seus aliados rejeitem as exigências do Kremlin nas negociações de paz em curso. A declaração foi feita durante uma reunião anual com altos oficiais das Forças Armadas russas, segundo a agência estatal russa RIA Novosti.

De acordo com Putin, Moscou afirma preferir uma “solução diplomática” para o conflito iniciado com a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, mas está disposta a alcançar seus objetivos “por meios militares” se não houver, segundo ele, um “diálogo substancial”. O líder russo afirmou que a Rússia buscará “libertar suas terras históricas” caso as negociações fracassem, conforme citado pela RIA Novosti.

Putin voltou a sustentar que a guerra só pode ser encerrada com a eliminação das chamadas “causas fundamentais do conflito”, expressão usada pelo Kremlin para justificar demandas territoriais e exigências de segurança. Segundo ele, a criação e a ampliação de uma “zona de segurança” ao longo da fronteira com a Ucrânia seguem como objetivos estratégicos de Moscou.

O Kremlin exige que a Ucrânia reconheça como território russo áreas ocupadas pelas forças de Moscou em quatro regiões do leste e do sul do país, além da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014. Também cobra que Kiev retire tropas de zonas que ainda não foram totalmente conquistadas pelo Exército russo.

A Rússia ainda condiciona qualquer acordo de paz à renúncia formal da Ucrânia ao ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e rejeita a presença de tropas da aliança em território ucraniano. Moscou afirma que consideraria forças da Otan como “alvos legítimos”, de acordo com declarações recentes do governo russo reproduzidas pela imprensa internacional.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, por sua vez, tem rejeitado as exigências territoriais do Kremlin e afirma que a soberania do país não é negociável.

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