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O ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Grande especulação em Brasília. Ninguém viu, nem ouviu, nem acompanhou o que eles falaram, mas Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, foi conversar com Lula. Segundo um boato, ele foi dizer que não tem interesse em ser ministro do Supremo, que prefere ser candidato em Minas Gerais. Que decisão ruim! Ele sabe muito bem que não se elege mais para nada lá; talvez para síndico no prédio onde ele mora. Será que se candidatará a deputado? Senador, de novo? Governador? Ou não vai querer nada, vai ficar na dele? Tem alguma vantagem para isso? Porque Pacheco é o candidato de Davi Alcolumbre, que agora diz que Jorge Messias, o candidato de Lula ao STF, não teria nem 30 votos, não passaria no Senado.

O engraçado é que ficam discutindo votos no Senado quando a Constituição diz outra coisa. Falam até da cor da pele, do sexo da pessoa, mas nada disso está na Constituição. O que está lá é muito mais importante: exige-se, para ser ministro do Supremo, o notável saber jurídico. “Notável” não é estar acima da média, é estar acima daqueles que estão acima da média. Será que a sabatina do Senado é capaz de averiguar isso? Vejo que ficou mal para Messias o fato de só agora a Advocacia-Geral da União ter entrado na Justiça contra algo que a corregedoria da AGU já conhecia desde o ano passado: o excesso de descontos de aposentadorias dos velhinhos do INSS, para mandar dinheiro a sindicatos e associações. Isso pega mal, e não sei se na sabatina também seriam capazes de levantar isso.

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Chanceler alemão não vai se desculpar; prefeito do Rio fez muito pior

Deu muito que falar essa história de o chanceler da Alemanha contar que perguntou para os jornalistas alemães quem queria ficar em Belém, e eles teriam dito que não, que todos queriam voltar, ainda mais de um lugar como aquele. Os brasileiros consideraram uma ofensa. Agora, o porta-voz do governo alemão disse que ninguém vai se desculpar, que não há razão para isso, que não foi feita nenhuma ofensa a ninguém. Se querem pedido de desculpas por causa disso, muito pior foi o prefeito do Rio de Janeiro, que chamou Friedrich Merz – depois apagou, mas o print ficou – de “filhote de Hitler” e “nazista”. Isso está além do insulto, acho que é calúnia, mas teriam que provar. Lula ironizou, disse que Merz devia entrar em um boteco em Belém, e aí ele iria gostar. Lula pensa que todos são como ele. Bolsonaro também entrava em boteco, mas tomava caldo de cana.

Esse vexame confirma que não conseguimos, ainda, absorver civilidade e urbanidade. Somos meio sem modos. Estava vendo declarações de paulistas horrorizados com a sujeira no chão, a barulheira, a bagunça, as coisas que não funcionam. Quem está acostumado com isso e acha bom, ótimo: é infeliz e não sabe que poderia ser muito feliz se vivesse em algo organizado, limpinho, que funcione. Como é a Alemanha – isso se os que estão indo para lá não acabarem com o país; já contei aqui que as coisas já estão diferentes em Munique, e parece que estão assim em Berlim também. Por isso é bom que nós nos preservemos. Em Portugal há reações às vezes, mas não é como dizem; o problema é que há brasileiros que chegam lá e não conseguem se comportar como um povo civilizado.

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O “exemplo de saúde” dos esquerdistas está dominado pela dengue e pelo chikungunya

A propaganda esquerdista no Brasil fala muito de Cuba, da medicina de Cuba, da saúde em Cuba, das condições sanitárias em Cuba. Agora até o governo cubano admitiu que um terço do país está infectado por chikungunya, dengue e outras doenças. O país tem 10 milhões de cubanos, 50 mil estão hospitalizados, mas estimam o número de infectados em 3,6 milhões. É aquele país que exportava médicos para ganhar dinheiro dos brasileiros – só que os médicos que nós pagávamos, coitados, recebiam só um pedacinho, assim como mostrava a personagem do Chico Anysio, e o resto ia para a ditadura cubana.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos