O ditador da Rússia, Vladimir Putin: regime diz que se envolverá em eventual conflito por Taiwan (Foto: EFE/EPA/VYACHESLAV PROKOFYEV/SPUTNIK/KREMLIN)

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A Rússia renovou seu apoio à China neste domingo (28) em caso de conflito com Taiwan. O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, declarou que Moscou reconhece a integridade territorial de Pequim e a defenderá em caso de conflito relacionado à ilha autogovernada há décadas.

"Em relação a uma possível escalada das tensões no Estreito de Taiwan, o procedimento para lidar com tais situações está delineado no Tratado de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação com a China de 16 de julho de 2001 (...), no qual um dos princípios fundamentais consagrados neste documento é o apoio mútuo na proteção da unidade nacional e da integridade territorial", disse o chanceler russo em entrevista à agência estatal Tass.

Lavrov reiterou que o regime de Vladimir Putin, aliado do ditador chinês Xi Jinping, se opõe à independência de Taiwan e a considera parte da China. Ao mesmo tempo, acusou o Ocidente de fomentar tensões na região para seu próprio benefício.

"Hoje, Taiwan está sendo usada como uma ferramenta militar-estratégica de contenção contra a China. Há também um interesse comercial: alguns no Ocidente não se opõem a lucrar com o dinheiro e a tecnologia taiwaneses", disse, numa mensagem que foi entendida como direcionada aos Estados Unidos.

Ele também acusou os Estados Unidos de armar Taiwan. "Armas americanas caras são vendidas a Taiwan a preços de mercado", declarou Lavrov.

No último dia 26, Pequim anunciou sanções contra 20 empresas de defesa americanas e dez de seus principais executivos por "participação em vendas de armas para Taiwan nos últimos anos".

Por meio de um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o regime de Xi confirmou as sanções, com efeito imediato, contra empresas americanas como Boeing, Northrop Grumman Systems, L3Harris e VSE.

O gigante asiático ainda acusou o governo de Donald Trump de posicionar o mundo em um cenário cada vez mais próximo de uma "situação de guerra", especialmente depois do presidente americano sancionar a Lei de Autorização de Defesa Nacional para 2026, que inclui uma ampliação das vendas de armamento a Taiwan.

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