Silvinei Vasques solicita ao STF cumprimento de prisão em Santa Catarina
Ex-diretor da PRF, transferido para a Papuda neste sábado (27), alegou dificuldades financeiras da família e questões de saúde durante audiência de custódia
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer detido em Santa Catarina. A solicitação foi feita durante audiência de custódia realizada após sua transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, ocorrida neste sábado (27).
Vasques, que havia tentado fugir do país na véspera de Natal, argumentou que sua permanência no estado do Sul facilitaria o contato com seus parentes. O ex-diretor justificou o pedido citando a incapacidade financeira de sua família para arcar com os custos de viagens frequentes a Brasília. Além do aspecto econômico, a defesa mencionou a condição de saúde de Silvinei, que é portador de doença celíaca, como um fator adicional para a manutenção de sua custódia próximo ao núcleo familiar.
A movimentação ocorre após uma tentativa frustrada de fuga. Silvinei foi flagrado por câmeras de segurança deixando sua residência em Santa Catarina no dia 24 de dezembro, conduzindo um veículo alugado. Seu destino final seria El Salvador, mas ele foi interceptado pelas autoridades no Paraguai antes de concluir o trajeto.
Embora tenha alegado às autoridades paraguaias uma suposta incapacidade de comunicação por motivos de saúde no momento da captura, relatos de agentes da Polícia Federal brasileira indicam que Silvinei não apresenta deficiência na fala. Os policiais descreveram o estado de espírito do ex-diretor como “abatido” desde a sua recondução ao Brasil.
Atualmente condenado a 24 anos de prisão pela Primeira Turma do STF, a defesa de Silvinei Vasques deve formalizar o pedido de transferência para o sistema prisional catarinense após o trânsito em julgado da sentença. Por ora, ele segue à disposição da Justiça na capital federal.

