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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que está insatisfeito diante da possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Ele gostaria que o indicado fosse o ex-presidente da casa, o aliado senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Isso porque, na véspera, Lula se reuniu com Pacheco para informar sobre a indicação de Messias, e que o quer disputando o governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. O senador, no entanto, vem sinalizando que poderia deixar a vida pública após o fim do atual mandato.
“Tem que esperar [a indicação], fazer o quê? Se eu pudesse, eu faria a indicação”, disse a jornalistas na terça (18) ao ser questionado sobre a reunião e a possível indicação de Messias.
Caberá ao Senado, presidido justamente por Alcolumbre, sabatinar e votar o indicado de Lula quando formalizar o nome. A expectativa é de que ocorra na próxima semana, após o fim da COP 30. O presidente voltou a Belém nesta quarta (19) para pressionar as negociações pelo texto desejado pelo governo.
Lula tem reiterado em eventos públicos o desejo de ter Pacheco como seu candidato em Minas Gerais, afirmando que tem grandes chances de vitória e que terá apoio do governo federal no mandato. Foi ele quem articulou o plano de recuperação das dívidas dos estados que beneficia principalmente sua base eleitoral, uma das mais endividadas do país.
“Pacheco não está definido se será candidato a governador, mas é meu governador. Tenho certeza que vamos ganhar o estado com Pacheco, é só ele se dispor a ser candidato”, afirmou Lula em meados de agosto. Já em setembro, os dois estiveram lado a lado no lançamento do programa “Gás do Povo” em Belo Horizonte, a sétima visita do petista ao estado que é tido como um termômetro das eleições presidenciais.



