Bilionário australiano Andrew Forrest faz primeiro aporte privado no fundo para florestas

Entidade vai aportar US$ 10 milhões, que se somam aos US$ 5,5 bilhões já prometidos por Brasil, Noruega, França, Indonésia e Portugal

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2025 19h35
Photo by Yana Paskova / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP _Andrew Forrest Andrew Forrest discursa no palco durante o evento NYT Climate Forward 2025 no The Times Center em 24 de setembro de 2025 na cidade de Nova York

A Fundação Minderoo, do bilionário e ativista ambiental Andrew Forrest, anunciou nesta sexta-feira (7) o primeiro investimento privado no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). A entidade vai aportar US$ 10 milhões, que se somam aos US$ 5,5 bilhões já prometidos por Brasil, Noruega, França, Indonésia e Portugal.

Em nota, Forrest afirmou que o objetivo é estimular outros investidores e fundações filantrópicas a apoiarem o fundo, que busca tornar a preservação das florestas mais lucrativa do que a destruição.

“Esse é um investimento, não uma doação. É capital filantrópico de longo prazo, que deve atrair todos os investidores conscientes”, declarou o empresário australiano. Forrest também aproveitou para criticar o mercado de créditos de carbono, afirmando que o sistema “muitas vezes funciona como licença para poluir” e “falha quando avaliado de forma independente”. Segundo ele, o TFFF representa o oposto, ao criar um modelo econômico sustentável para proteger as florestas tropicais.

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O aporte da Minderoo faz parte da primeira fase de captação do TFFF, que prevê reunir US$ 25 bilhões entre governos e entidades filantrópicas. Após essa etapa, o plano é emitir US$ 100 bilhões em títulos para o setor privado, a serem adquiridos por fundos de pensão, seguradoras e bancos centrais.

De acordo com o modelo do fundo, Forrest terá rendimentos equivalentes aos títulos de 25 anos do Tesouro dos Estados Unidos, pagos ao longo de 40 anos, após um período de dez anos de carência.

Os pagamentos seguirão uma ordem: primeiro investidores privados, depois governos e entidades filantrópicas — como o próprio Forrest — e, por fim, os países com florestas tropicais participantes do fundo. Vinte por cento dos valores repassados a esses países deverão ser destinados a povos indígenas e comunidades tradicionais.

*Com informações do Estadão Conteúdo