O Capitólio, sede do Legislativo dos EUA, em Washington (Foto: JIM LO SCALZO/EFE/EPA)

Ouça este conteúdo

A Câmara dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18) uma medida que determina que o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) do governo do presidente Donald Trump deve divulgar todos os arquivos das investigações da pasta sobre o financista Jeffrey Epstein.

Segundo informações da emissora CNN, foram 427 votos a favor da medida e apenas um contrário, do deputado republicano Clay Higgins, da Louisiana. A medida agora segue para o Senado.

Epstein foi encontrado morto na sua cela em Nova York em 2019, quando aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Por acusações relacionadas, a socialite inglesa Ghislaine Maxwell, ex-sócia e ex-namorada de Epstein, cumpre pena de 20 anos de prisão.

Este ano, Trump sofreu desgaste porque seu governo confirmou que a morte de Epstein foi um suicídio e porque alegou que uma lista de clientes famosos do financista não existe, contrariando teorias de apoiadores do presidente americano.

Na semana passada, deputados democratas que integram o Comitê de Supervisão da Câmara divulgaram milhares de arquivos de Epstein, incluindo e-mails (cuja autenticidade ainda não foi verificada de forma independente) que apontam que o financista teria afirmado que Trump “sabia sobre as meninas” e que o presidente americano “passou horas” com uma das vítimas do esquema.

Trump sempre negou ter participado do esquema de tráfico sexual de Epstein ou ter conhecimento dele.

Após a divulgação dos e-mails, o presidente americano reiterou seu argumento de que as tentativas de vinculá-lo ao financista seriam uma “farsa” orquestrada pela oposição e mandou o DOJ investigar as ligações de Epstein com o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) e outros políticos democratas.

Porém, nos últimos dias, Trump mudou o tom e afirmou que sancionará o projeto para divulgação dos arquivos sobre o financista caso seja aprovado pelo Congresso.

Em julho, o DOJ colheu na prisão um depoimento de Maxwell, no qual a ex-namorada e ex-sócia de Epstein disse que nunca testemunhou nem ouvir falar sobre qualquer comportamento “inapropriado” ou criminoso de Trump e de Clinton relacionado às atividades do financista.

VEJA TAMBÉM: