Corinthians fecha acordo com Rojas e reduz risco de novo transfer ban

Clube paulista usa parte da premiação da Copa do Brasil para quitar dívidas e planeja corte de custos em 2026

  • Por Jovem Pan
  • 23/12/2025 16h03
Rodrigo Coca/Agência Corinthians Matías Rojas O paraguaio Matías Rojas jogou no Corinthians entre 2023 e 2024

O meia paraguaio Matías Rojas aceitou o acordo proposto pelo Corinthians e abriu mão dos juros adicionais da dívida que o clube tinha com ele. Com isso, o valor da dívida foi mantido em R$ 41,2 milhões e será pago em duas parcelas, nas últimas semanas de 2025. Com o acerto, a diretoria do Corinthians está próxima de eliminar o risco de um novo transfer ban. Caso o clube não cumpra o acordo, no entanto, o risco é de agravar a punição já em andamento, referente aos R$ 33,4 milhões devidos ao Santos Laguna, do México, pela compra do zagueiro Félix Torres, além de multas e juros.

A prioridade do Timão é resolver pendências relacionadas ao transfer ban e evitar novas punições. Para isso, parte dos R$ 77 milhões recebidos pela conquista da Copa do Brasil será destinada ao pagamento de Rojas.

O restante do valor será usado para quitar a dívida com o Santos Laguna, juntamente com o empréstimo e adiantamento de direitos televisivos feitos com a Liga Futebol Forte (LFU). Também será destinado ao pagamento de premiações atrasadas aos jogadores, como reconhecimento pelo cumprimento de metas esportivas.

Três dias antes da final da Copa do Brasil, o Corinthians divulgou um balancete com um déficit de R$ 204,2 milhões até outubro. A previsão orçamentária para 2026, aprovada pelo Conselho Deliberativo, estima que o clube feche o ano com superávit de R$ 12 milhões e Ebitda de R$ 320 milhões.

Mesmo com a classificação para a Libertadores, o Corinthians planeja reduzir os custos com o futebol em 2026. A meta é diminuir os gastos com a folha salarial de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, o que representa uma redução de R$ 81 milhões. Com outros custos, como despesas com serviços e jogos, o corte total no futebol deve ser de R$ 90 milhões.

Quando considerados os custos gerais do clube, incluindo outros setores, a redução prevista é de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões. Para alcançar esse objetivo, o presidente Osmar Stábile está buscando cortes no clube social e cogitou até extinguir modalidades como o futsal, mas recuou após a repercussão negativa.

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O Timão também tem como meta arrecadar R$ 151 milhões com a venda de jogadores. Alguns atletas da base, como o meia Breno Bidon e o atacante Gui Negão, são observados por clubes europeus e podem ser negociados. O goleiro Hugo Souza e o atacante Yuri Alberto também podem receber propostas de times do Velho Continente. A continuidade do executivo de futebol Fabinho Soldado, que tem o interesse do Internacional, ainda está em dúvida.

*Com informações do Estadão Conteúdo