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O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta terça-feira (23) que vai revogar vistos de cinco cidadãos europeus que acusou de buscar censurar conteúdos em redes sociais americanas.
Embora o comunicado da pasta não tenha citado os nomes dos visados, o site The Daily Signal apurou que entre eles estão o francês Thierry Breton, que foi comissário da União Europeia para o Mercado Interno entre 2019 e 2024, e o inglês Imran Ahmed, diretor executivo da ONG Centro para o Combate ao Ódio Digital (CCDH, na sigla em inglês).
O Daily Signal apontou que as razões para as revogações de vistos de ambos são o fato de Breton ter ordenado que plataformas como X e Facebook combatessem a “desinformação” sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas com base na Lei de Serviços Digitais da UE e uma campanha do CCDH para exclusão de funcionários do governo Donald Trump de plataformas digitais e para uma fiscalização mais rigorosa de posts.
O Departamento de Estado alegou que os cinco alvos da medida “lideraram esforços organizados para coagir plataformas americanas a censurar, desmonetizar e suprimir pontos de vista americanos aos quais se opõem”.
“Esses ativistas radicais e ONGs instrumentalizadas fomentaram ações repressivas de censura por parte de estados estrangeiros — em todos os casos, visando palestrantes e empresas americanos. Sendo assim, determinei que sua entrada, presença ou atividades nos Estados Unidos têm consequências potencialmente graves para a política externa americana”, disse o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em comunicado.
“Com base nessas determinações, o Departamento tomou medidas para impor restrições de visto a agentes do complexo industrial global da censura que, como resultado, serão impedidos de entrar nos Estados Unidos. Além disso, com base na determinação de política externa, o Departamento de Segurança Interna pode iniciar processos de deportação contra certos indivíduos”, afirmou o secretário.
“O presidente Trump deixou claro que sua política externa ‘América Primeiro’ rejeita violações da soberania americana. A extrapolação de poder por censores estrangeiros visando a liberdade de expressão americana não é exceção. O Departamento de Estado está pronto e disposto a expandir a lista de hoje se outros atores estrangeiros não mudarem de posição”, ameaçou Rubio.
Breton e Ahmed ainda não se pronunciaram sobre as acusações do Departamento de Estado americano.


