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Terroristas do Hamas na Faixa de Gaza. (Foto: MOHAMMED SABER/EFE/EPA)

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Um diário pessoal de Khaled Abu Akram, comandante de pelotão do Hamas, descoberto pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) durante operações em agosto na cidade de Beit Hanoun, no nordeste de Gaza, confirmou que o grupo terrorista utilizava escolas, hospitais e clínicas da ONU como pontos de emboscada, armazenamento de equipamentos e fonte de recursos essenciais no enclave palestino.

O documento, segundo informações do jornal Jerusalem Post, contém registros manuscritos que detalham como estruturas civis protegidas eram sistematicamente convertidas pelos terroristas palestinos em infraestrutura militar.

Segundo o Jerusalem Post, Akram escreveu em uma das entradas do diário que montou uma emboscada dentro da escola Al-Naim depois que túneis próximos foram destruídos por bombardeios israelenses. No registro, ele anotou: “Fui com Abu Saleh preparar uma nova emboscada na escola Al-Naim depois que os túneis foram bombardeados e a emboscada anterior foi destruída.” O jornal diz que o trecho confirma o uso direto de escolas civis como posições militares pelo Hamas.

O documento inclui outras evidências sobre o uso militar de prédios civis. De acordo com o JFeed, Akram detalhou no diário que sua unidade tentou utilizar um míssil não detonado - lançado por um F-16 israelense - escondido dentro de uma escola para preparar uma nova armadilha contra tropas israelenses durante a madrugada.

Ainda conforme o JFeed, o comandante terrorista também relatou o desvio de energia elétrica de um hospital - citado como possivelmente o hospital Al-Shifa - para abastecer equipes do Hamas. Em um trecho reproduzido pelo site, Akram registrou no diário o seguinte trecho: “Ligamos um cabo de eletricidade do hospital à nossa casa para operar o poço.” Quando a energia se mostrou insuficiente, os terroristas instalaram um motor para aumentar a pressão da água, mostrando o uso clandestino e contínuo da infraestrutura hospitalar.

O JFeed acrescenta que Akram descreveu ainda o furto de equipamentos de uma clínica da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). O diário menciona explicitamente: “Pegamos as baterias da clínica da Agência, removemos os painéis solares e preparamos o poço de água.” Segundo o portal, esse material era desviado para manter túneis e esconderijos subterrâneos operacionais.

A ILTV News informou que as anotações reforçam denúncias feitas por Israel, segundo as quais o Hamas usa populações civis como escudo humano, se abriga em áreas protegidas e desvia bens humanitários para sustentar sua estrutura de combate.

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