Direita aponta tendência de Tarcísio permanecer no Republicanos; PL ainda é opção

Não existem negociações com outras legendas, como PP ou União Brasil

  • Por Beatriz Manfredini
  • 18/11/2025 08h11
Marcelo Camargo/Agência Brasil o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas Segundo aliados ouvidos pela coluna, o chefe do Executivo paulista teria preferência pela sigla atual

A direita tem apontado uma expectativa de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, permaneça no partido dele, o Republicanos, mesmo que dispute a presidência da República em 2026. Segundo aliados ouvidos pela coluna, o chefe do Executivo paulista teria preferência pela sigla atual, mas não descarta a possibilidade de migrar para o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto.

Internamente, é sabido que Tarcísio tem resistências pessoais à sigla Valdemar. Mesmo assim, o presidente do partido já falou publicamente diversas vezes que o convite a Tarcísio está aberto – e chegou a declarar, inclusive, no início de setembro, que o governador tinha prometido a mudança para o PL a ele caso disputasse o Palácio do Planalto na eleição do ano que vem.

Mesmo assim, a tendência é de permanência. Além da resistência, outro fator que colabora para que Tarcísio fique no Republicanos mesmo como candidato à Presidência é que, atualmente, os gestos de Bolsonaro caminham no sentido de escolher um vice do próprio PL – alguém da família dele, para manter o sobrenome na chapa, como a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro ou o senador Flávio Bolsonaro, ambos da sigla.

Sobre a possibilidade de outros partidos, como PP, União Brasil ou MDB, a coluna apurou que, no momento, não existem conversas nesse sentido. A ideia é que as legendas de centro direita usem um eventual apoio a uma chapa Tarcisio-PL como moeda de troca para outras negociações.

Especificamente sobre o MDB, aliás, pesquisas internas da pré-campanha do governador tem previsto um cenário em que a maior parte do partido apoie a reeleição de Lula. O presidente da sigla, Baleia Rossi, já deu declarações nesse sentido – de que o MDB em São Paulo está fechado com a reeleição de Tarcísio ao Bandeirantes, mas que, no caso do Planalto, há divergência de pensamentos.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.