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O dólar comercial encerrou a sexta-feira (5) cotado a R$ 5,434, uma valorização de 2,33% sobre o valor inicial do dia, de cerca de R$ 5,34. Investidores não reagiram bem à indicação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que recebeu nesta data o apoio do pai para disputar a Presidência da República.
No pico do dia, o dólar chegou a alcançar R$ 5,485 (alta de 3,3%), por volta das 16h. Até as 13h, o dólar tinha uma alta tímida, de 1,3%, negociado a R$ 5,38, mas a notícia da candidatura de Flávio fez a cotação disparar. O fechamento desta sexta é a maior alta diária desde abril, quando foi anunciado o tarifaço de Trump e a moeda americana valorizou 3,68%.
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A desvalorização do real ocorreu em um contexto de aumento da incerteza política percebida pelo mercado: a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de apoiar publicamente o filho, o senador Flávio Bolsonaro, como candidato à Presidência em 2026, alterou drasticamente as expectativas do mercado. Observadores do mercado interpretam que a materialização desse risco se manifestou já nesta sessão.
Para a Faria Lima, o nome com maior potencial de derrotar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seria o do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). A queda nos indicadores, que sinalizam o humor do mercado, evidenciou esse descontentamento.

