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Um número ainda desconhecido de estudantes cristãs foram sequestradas na madrugada de terça-feira (18) na Escola Secundária Feminina do Governo, na Nigéria.
Em comunicado, as autoridades do estado de Kebbi disseram que “um grupo de bandidos invadiu a escola, disparando aleatoriamente com armas sofisticadas. As unidades táticas da polícia entraram em confronto armado, mas o grupo já havia escalado o muro e sequestrado 25 estudantes".
Fontes da organização cristã Portas Abertas, que acompanha a situação de perseguição religiosa no mundo, disseram que ainda não foi possível contabilizar o número exato de cristãos levados pelos sequestradores.
Segundo eles, o que se sabe até o momento é que as meninas foram levadas para vegetações próximas à escola e os familiares ainda não foram contactados de nenhum forma pelos criminosos.
A Portas Abertas acrescentou que o total de vítimas pode ser bem superior ao que foi divulgado pela imprensa nigeriana. Os sequestros de cristãos têm se intensificado na região noroeste da Nigéria, nos últimos anos.
De acordo com a organização, os raptos são um negócio lucrativo na Nigéria, pois servem como meio de empobrecer comunidades locais, tornando-as mais vulneráveis a ataques violentos e conversões forçadas a outras religiões.
Além disso, segundo a Portas Abertas, cristãos podem receber pedidos de resgate mais altos, forçando-os a vender terras e propriedades para garantir o retorno de seus familiares.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o governo da Nigéria, acusando-o de permitir a perseguição a cristão no país. O líder da Casa Branca chegou a sugerir que seu país poderia realizar uma intervenção militar para interromper esse ciclo de violência.