Edmundo González ao lado da líder oposicionista María Corina Machado, em ato em Caracas em julho de 2024 (Foto: Ronald Peña R/EFE)

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A família de Rafael Tudares Bracho, genro do ex-candidato presidencial Edmundo González, acusou o regime da Venezuela de submetê-lo a um julgamento clandestino, depois que órgãos de imprensa independentes relataram que ele foi condenado a 30 anos de prisão.

O jornal El Nacional informou que Tudares foi condenado na segunda-feira (1º) a 30 anos de prisão por acusações de terrorismo e conspiração e que Luis Guillermo Isturiz, líder do partido oposicionista Vente Venezuela, recebeu uma pena de 20 anos por acusações semelhantes.

No início do ano, González, que está exilado na Espanha, disse que Tudares havia sido preso no dia 7 de janeiro, quando estava levando os filhos pequenos para visitar a avó.

Em nota publicada no X na terça-feira (2), Mariana González, filha do ex-candidato presidencial e esposa de Tudares, disse que a família soube da condenação por “relatos não oficiais publicados nas redes sociais e em alguns veículos de comunicação digitais”.

Ela afirmou que os atos atribuídos ao seu marido “não correspondem à verdade e com base nos quais, como denunciei em declarações anteriores, ele foi injustamente acusado em fevereiro e indiciado em junho por crimes graves”. “Rafael é inocente”, escreveu Mariana.

“Diante dessas informações não oficiais, informo que meu advogado e eu nos dirigiremos às autoridades competentes para solicitar as informações oficiais pertinentes, apesar dos grandes obstáculos e barreiras que nos foram impostos para obter informações sobre o caso e defender os direitos de Rafael”, acrescentou a esposa de Tudares, que chamou o julgamento do marido de “clandestino”.

González foi o vencedor da eleição presidencial de 28 de julho de 2024, mas o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, aparelhado pelo chavismo, declarou que o ditador Nicolás Maduro ganhou a disputa, mesmo com a oposição publicando na internet atas de votação que comprovaram a vitória do seu candidato.

O resultado fraudulento foi ratificado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também subserviente a Maduro.

Em setembro de 2024, depois que a Justiça venezuelana decretou sua prisão, González foi para a Espanha, onde recebeu asilo político.

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