‘Geração 2019’ do Flamengo chega a 17 títulos após conquista do Brasileirão; relembre as taças

Mengão conquistou seu terceiro brasileiro desde a virada de chave, seis anos atrás, iniciada com inesquecível equipe de Jorge Jesus

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2025 23h24
DELMIRO JUNIOR/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO PARTIDA ENTRE FLAMENGO X CEARÁ, VÁLIDA PELA 37ª RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO, REALIZADA NO ESTÁDIO MARACANÃ, NO RIO DE JANEIRO, NA NOITE DESTA QUARTA-FEIRA (03). RJ - CAMPEONATO BRASILEIRO/FLAMENGO x CEARÁ - ESPORTES - Partida entre Flamengo x Ceará, válida pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, realizada no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (03). 03/12/2025 - Foto: DELMIRO JUNIOR/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O Flamengo venceu o Ceará nesta quarta-feira (3), no Maracanã, por 1 a o, e confirmou mais um título do Campeonato Brasileiro, coroando uma era de conquistas iniciada em 2019. Com o estádio lotado e a vantagem construída ao longo da competição, o Rubro-Negro chegou aos 78 pontos e não pode mais ser alcançado pelo Palmeiras, segundo colocado.

A nova taça amplia a série de conquistas do clube nos últimos seis anos — um período marcado por elencos estrelados, regularidade técnica e protagonismo continental. Desde 2019, o Mengão coleciona títulos nacionais e internacionais e se firma como a equipe mais vencedora do Brasil na última década.

O atual conjunto de conquistas abriu espaço para comparações inevitáveis com a lendária Era Zico, que marcou a “geração de ouro original” do Flamengo no início dos anos 1980. Assim como naquele período — coroado com o Mundial de 1981, a Libertadores e três Brasileiros — o clube voltou a dominar o cenário nacional e continental com protagonismo, elenco qualificado e identidade ofensiva. Embora o Galinho seja intocável no altar da idolatria rubro-negra, a “geração de 2019” já soma mais conquistas que o inesquecível time dos anos 1980: 17 a 10.

Entre os símbolos desta era de ouro, Arrascaeta e Bruno Henrique permanecem como pilares desde 2019. O uruguaio é peça central do meio-campo, segue como motor criativo da equipe, acumulando assistências, liderança técnica e protagonismo nos momentos mais críticos. Neste ano, viveu sua versão mais artilheira, com 18 gols no Brasileirão (só o cruzeirense Kaio Jorge tem mais).

Bruno Henrique, por sua vez, mantém o status de ídolo com gols importantes, explosão física e participação determinante em conquistas nacionais e continentais. Neste ano, foi pivô de uma polêmica ao ser indiciado pela Polícia Federal por suspeita de beneficiar apostadores. A gravação divulgada pela PF mostra BH contando para seu irmão quando tomaria um cartão amarelo durante o torneio de 2023.

Segundo sua defesa, o atacante foi ingênuo ao revelar uma estratégia determinada pela comissão técnica, mas jamais teve a intenção de participar de um esquema fraudulento. O inquérito policial ainda não foi finalizado, mas na Justiça Desportiva a atitude de Bruno lhe custou alguns milhares de reais em multa. Liberado pelo STJD sem nenhum jogo de suspensão, o ídolo flamenguista anotou gols importantes na reta final.

A virada de chave em 2019

A era dourada começou em 2019, com a chegada de Jorge Jesus. O time apresentou um futebol dominante, conquistando:

  • Campeonato Brasileiro, com recordes e quatro rodadas de antecedência;
  • Libertadores: virada histórica sobre o River Plate, com dois gols de Gabigol;
  • Campeonato Carioca.

Continuidade do domínio (2020–2021)

Mesmo com pandemia, troca de técnicos e reformulações, o clube seguiu empilhando taças:

  • Recopa Sul-Americana 2020;
  • Supercopa do Brasil 2020 e 2021;
  • Campeonato Carioca 2020 e 2021;
  • Brasileirão 2020, em disputa apertada com o Internacional.

O retorno à glória continental (2022)

Sob Dorival Júnior, o Flamengo reencontrou competitividade nos mata-matas:

  • Libertadores 2022, com gol de Gabigol na final contra o Athletico-PR;
  • Copa do Brasil 2022, em decisão contra o Corinthians.

Com esses títulos, a “geração 2019” consolidou seu lugar na história.

A base vencedora continua (2024–2025)

O clube seguiu acumulando conquistas e mantendo hegemonia no Rio:

  • Carioca 2024, conquistado de forma invicta;
  • Copa do Brasil 2024, retomando o DNA ofensivo com Filipe Luís;
  • Supercopa do Brasil 2025
  • Carioca 2025, o 39º estadual.

Em 2025, veio também a consagração continental mais recente:

  • Libertadores 2025, a quarta da história rubro-negra — o primeiro tetra brasileiro da competição —, com vitória sobre o Palmeiras em Lima por 1 a 0.

*Reportagem produzida com auxílio de IA