Glauber Braga e aliados acusam Motta de ‘lesão corporal’ e protocolam representação criminal na PGR

Deputados também falam em violência política de gênero e não observância de medida adequada e suficiente prevista no Regimento Interno da Câmara

  • Por Sarah Américo
  • 10/12/2025 22h58
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO glauber braga Deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) discursa no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira (10), antes da votação da cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar

O deputado Glauber Braga (PSol-RJ), junto a Sâmia Bomfim (PSol-SP), Célia Xakriabá (PSol-MG), Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) e Rogério Correia (PT-MG), acusam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de “lesão corporal” e protocolaram, nesta terça-feira (10) uma representação criminal contra Motta.

Além de lesão corporal, os deputados também falam em: “violência política de gênero e não observância de medida adequada e suficiente prevista no Regimento Interno da Câmara na qualidade de autor intelectual e mandante das ações agressivas e truculentas cometidas pelos policiais legislativos”.

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A medida vem um dia após a confusão na Câmara dos Deputados, quando Glauber Braga, que estava tendo seu mandato votado para cassação ou mão, ocupo a cadeira de Motta e precisou ser retirado à força do local.

Os deputados solicitam que a Procuradoria-Geral da República (PGR), onde o pedido foi protocolado, cobre da Câmara “esclarecimentos imediatos, incluindo a entrega dos registros de vídeo, áudio e transmissão” da sessão plenária interrompida, além da “identificação completa de todos os policiais legislativos envolvidos nos fatos relatados”.

Na terça-feira (10), Braga foi retirado à força do Plenário da Câmara dos Deputados após ocupar a mesa diretora da Casa Baixa do Congresso Nacional contra a aprovação do projeto de lei da dosimetria, que pode ser votado na sessão desta terça, e uma possível cassação de seu mandato. “Eu vou ficar aqui calmamente, com toda a tranquilidade, exercendo o meu legítimo direito político de não aceitar de fato consumado uma anistia para um conjunto de golpistas, diminuição da pena de Bolsonaro para dois anos, manutenção da mesma situação política, mantendo os direitos políticos de Eduardo Bolsonaro e gerando para mim, que fiz esse enfrentamento, oito anos de ilegibilidade”, declarou o deputado enquanto ocupava a mesa diretora.

O deputado criticou Motta, após ser retirado à força da mesa. “Única coisa que pedi para Hugo Motta foi que ele tivesse 1% do tratamento comigo que ele teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora por 48h em associação com o deputado que está nos Estados Unidos conspirando contra o nosso país”, disse.