Gramado sintético no futebol brasileiro: fim de uma era para os grandes?

Lesões mais graves, calor absurdo, joelho e tornozelo sofrendo mais. É isso que dizem os jogadores

  • Por Wanderley Nogueira
  • 12/12/2025 10h47
f Gramado do Allianz Parque (Foto: Vitor Palhares/Lance!)

Vamos deixar de lado por um momento a briga Flamengo × Palmeiras e falar, hoje, do elefante na sala: o gramado 100% sintético.

O que muita gente achava que era “o futuro inevitável” está virando rapidamente passado, pelo menos para quem quer ser grande de verdade.

Por quê? Finais internacionais? Porta fechada.

CONMEBOL e FIFA já vetaram o sintético puro em finais de Libertadores, Sul-Americana, Recopa e Mundial. Só passa natural ou híbrido (máx. 5-7% de fibra sintética).

Jogadores estão revoltados.

Lesões mais graves, calor absurdo, joelho e tornozelo sofrendo mais. É isso que dizem os jogadores.

Até os certificados FIFA não convencem mais os atletas.

O híbrido ganhou o jogo.

Hoje o gramado 95% natural + 5% fibra aguenta quase o mesmo calendário insano que o sintético puro e ainda é aceito em qualquer decisão do planeta.

Maracanã, Morumbi, Arena do Corinthians… todos são híbridos.

No Brasil a CBF ainda libera sintético em finais nacionais (Copa do Brasil, por exemplo), mas já rolam conversas nos bastidores: padronização vindo aí, provavelmente a partir de 2027, com o híbrido como caminho natural.

Resumo da ópera: Sintético puro ainda sobrevive em divisões menores ou lugares de clima extremo, mas quem quer decidir título grande em casa – ou ceder a sua casa – na América do Sul já entendeu: ou troca pro híbrido ou não será possível.

Esse debate ainda vai render muita discussão.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.