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A coletiva de imprensa que a opositora venezuelana María Corona Machado planejava dar nesta terça-feira (9) no Instituto Nobel de Oslo, na véspera de receber o Prêmio da Paz, foi cancelada e não é possível prever como e quando a ex-deputada chegará à capital norueguesa, disse a organização.
A coletiva de imprensa "não acontecerá hoje", disse o porta-voz do Instituto Nobel da Noruega, Erik Aasheim.
"A própria María Corina Machado declarou em entrevistas o quão complicada será a viagem a Oslo. Portanto, neste momento não podemos fornecer mais informações sobre quando e como chegará à cerimônia do Prêmio Nobel da Paz", que será realizada nesta quarta-feira (10).
A coletiva de imprensa, que originalmente seria no início da tarde desta terça-feira, foi adiada pela primeira vez sem novo horário previsto. Diante das dificuldades da líder da oposição para chegar à capital norueguesa, o evento foi cancelado.
A própria Machado, que vive em paradeiro desconhecido na Venezuela, havia confirmado há alguns dias ao Instituto Nobel que viajaria à capital norueguesa para receber o prêmio.
Nesta terça-feira, sua irmã, Clara Machado Parisca, disse em uma entrevista de Oslo com a emissora colombiana Blu Radio que a intenção do Prêmio Nobel é "estar aqui conosco" e por isso estão esperando por ela "com fé que ela chegará muito em breve".
"Seu desejo é estar aqui e receber o prêmio. É o que posso te dizer agora. Não sei mais nada", acrescentou a irmã, que disse não ter informações se a líder da oposição já deixou a Venezuela.
Em Oslo já estão também sua mãe, Corina Parisca, sua irmã e sua filha, Ana Corina Sosa, que será acompanhada na cerimônia por seus dois irmãos.
"Estamos aqui por ela, por ela e com toda a convicção de que ela vai conseguir e que vai estar aqui e vai receber o prêmio", acrescentou sua irmã.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que se reuniu com os familiares de Machado, também está em Oslo desde o dia anterior, enquanto a chegada do presidente argentino, Javier Milei, estava prevista para esta terça-feira.
Da mesma forma, Oslo espera a chegada do presidente do Equador, Daniel Noboa, e para quarta-feira a de seu homólogo paraguaio, Santiago Peña.
O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, candidato nas eleições presidenciais do ano passado e exilado na Espanha desde setembro de 2024, também viajou nesta terça-feira para Oslo.