‘Lula não tem mais o que oferecer’, afirma Tarcísio
Governador paulista aponta desgaste do atual grupo político no poder e projeta protagonismo do estado na articulação da direita para o próximo pleito
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu o tom das críticas ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista exclusiva concedida nesta quarta-feira (19) ao Jovem Pan FM – Presidente Prudente. Ao comentar o cenário para as eleições de 2026, Tarcísio diagnosticou um “esgotamento de modelo” na atual administração e afirmou que o ciclo do petista chegou ao fim.
Embora tenha evitado se lançar como candidato imediato à Presidência, reiterando que “2026 está muito longe”, o governador destacou que São Paulo exercerá um papel central na organização da oposição.
Foco em São Paulo e articulação nacional
No início de sua declaração, Tarcísio ressaltou que sua prioridade atual é a gestão estadual, citando o compromisso com projetos estruturantes de médio e longo prazo. “A gente é muito grato pela confiança que o cidadão de São Paulo nos deu”, afirmou.
Contudo, o governador reconheceu o peso político do estado — o maior colégio eleitoral do país — na formação de uma frente de oposição. Segundo ele, São Paulo será decisivo no “arranjo da centro-direita” para o próximo pleito nacional. “A gente vai trabalhar muito em prol do grupo, em prol de um projeto de Brasil que seja um projeto de transformação”, garantiu.
Críticas à ‘turma que está aí’
Tarcísio fez duras críticas a atual gestão federal. Classificando a equipe de governo como “muito ruim”, ele argumentou que o PT não possui um projeto claro para o país e vive um momento de estagnação política e administrativa.
“Eles não têm um projeto de Brasil e estão esgotados. Tem um esgotamento de modelo. São 40 anos com o mesmo grupo discutindo a mesma coisa”, disparou o governador.
Lula
Ao finalizar sua fala, Tarcísio dirigiu suas críticas diretamente à figura do presidente Lula, ressaltando a longevidade do petista na cena eleitoral como um sinal de necessidade de renovação. O governador lembrou que Lula disputa eleições presidenciais desde 1982 e esteve diretamente envolvido na grande maioria dos pleitos das últimas décadas.
Para Tarcísio, a contribuição política de Lula já foi dada e o momento exige alternância. “Chega, tá bom, já deu a contribuição dele. Não tem mais o que oferecer”, concluiu.

