Magno Malta quer ouvir Nayib Bukele na CPI do Crime Organizado do Senado. (Foto: Rodrigo Sura / EFE)

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O senador Magno Malta (PL-ES) apresentou um requerimento para convidar o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para ser ouviro na CPI do Crime Organizado no Senado Federal. O pedido incluiu também uma visita oficial a El Salvador, com o objetivo de conhecer de perto as políticas de segurança pública e combate às facções criminosas que transformaram o país em um dos mais seguros das Américas.

Para Magno Malta, o caso salvadorenho é “um dos mais expressivos de redução da criminalidade no mundo contemporâneo”. Para ser ouvido, além da aprovação do requerimento é necessário que o Ministério das Relações Exteriores faça um convite formal para que o chefe de Estado venha ao país. Bukele também precisa aceitar o convite.

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Ex-marqueteiro político, Nayib Bukele conquistou projeção internacional ao reduzir drasticamente os índices de violência e corrupção em El Salvador. Em 2015, o país registrava 106 homicídios por 100 mil habitantes, uma das maiores taxas do planeta. Dez anos depois, o número caiu para 1,9 por 100 mil, com 114 assassinatos em todo o ano de 2024.

Hoje, o país, que antes dominado por gangues é considerado um dos mais seguros da América Latina.

A CPI do crime vai investigar a estrutura, expansão e o funcionamento do crime organizado, com ênfase na atuação de milícias e facções criminosas – principalmente o PCC e o Comando Vermelho.

A iniciativa ocorre em um momento em que o Congresso Nacional tem intensificado o debate sobre segurança pública. Câmara e Senado vêm aprovando projetos que endurecem penas e ampliam tipos penais, enquanto o Supremo Tribunal Federal busca impor limites à letalidade policial, por meio da ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”.

Ao todo, a CPI do Crime Organizado é composta por 11 senadores titulares e 11 suplentes, com prazo inicial de 120 dias de atuação.