‘Nos não vamos desistir da nossa nação’, diz Michelle

A ex-primeira-dama ainda disse confiar na “justiça de Deus, já que a justiça humana não se sustenta”.

  • 22/11/2025 08h17 - Atualizado em 22/11/2025 08h17
Wilton Junior/Estadão Conteúdo A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher (Partido Liberal), Michelle Bolsonaro, e o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, durante abertura do "Encontro Nacional de Mandatários do Partido Liberal-PL", DF - TRAMA GOLPISTA/STF/AÇÃO PENAL/JULGAMENTO/BOLSONARO - POLÍTICA - A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher (Partido Liberal), Michelle Bolsonaro, e o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, durante abertura do "Encontro Nacional de Mandatários do Partido Liberal-PL", realizado no CICB (Centro Internacional de Convenções do Brasil), em Brasília, na manhã desta sexta-feira, 06. Bolsonaro convocou os apoiadores a assistirem o depoimento que ele vai prestar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na próxima semana. Ele afirmou que "valerá a pena" assistir e que "não vai lacrar" diante do ministro. 06/06/2025

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se manifestou, por meio de seus perfis nas redes sociais, sobre a prisão preventiva do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. ‘Nos não vamos desistir da nossa nação’, escreveu Michelle.

A ex-primeira-dama ainda disse confiar na “justiça de Deus, já que a justiça humana não se sustenta”. Também relembrou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018. “Ele [Bolsonaro] é forte. Ele é grande. Eu a amo muito”, disse.

A prisão do ex-presidente foi motivada por “garantia da ordem pública”, segundo a PF. O filho mais velho de Bolsonaro, Flavio, havia marcado uma vigília na frente do condomínio do capitão da reserva para a noite deste sábado.

Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF

A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.

Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF.

Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.

Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente havia pedido a Moraes, que o capitão cumpra a sua pena de 27 anos e três meses em casa. Os advogados argumentam que ele não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum, e que isso apresentaria risco a sua vida. “A situação de saúde do Peticionário já se encontra profundamente debilitada”, diz o texto. Também, no mesmo requerimento, a defesa avisa que pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF sobre a condenação do ex-presidente.