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O governo de Donald Trump escalou a campanha militar contra o regime de Nicolás Maduro no final de semana com a interceptação de navios que transportam petróleo da Venezuela.
No sábado (20), a Guarda Costeira americana apreendeu no Mar do Caribe o petroleiro Centuries em águas internacionais próximo à costa da Venezuela que, segundo Washington, transportava petróleo sancionado como parte da "frota fantasma" da ditadura chavista.
De acordo com investigações do governo americano, o navio-tanque de bandeira panamenha havia carregado recentemente petróleo venezuelano para um comerciante chinês.
No domingo (21), os Estados Unidos interceptaram um segundo navio próximo à costa da Venezuela, o navio-tanque chamado Bella 1 que está sob sanções dos Estados Unidos por ligações com petróleo iraniano.
A mobilização militar americana gerou uma "perseguição" marítima, depois que o navio recusou a abordagem. A embarcação navegava em direção a Caracas para carregar petróleo, segundo autoridades americanas informaram à CNN.
O navio Bella 1 ainda não havia entrado em águas venezuelanas quando a ação teve início. Segundo o jornal The New York Times, a carga que o Bella 1 deveria transportar havia sido comprada por um empresário panamenho recentemente alvo de sanções dos Estados Unidos por ligações com a família Maduro.
Com a intensificação da campanha neste final de semana, os Estados Unidos já interceptaram três navios que transportavam petróleo clandestinamente para o regime de Nicolás Maduro.
No último dia 10, Washington apreendeu o navio sancionado Skipper e confiscou o petróleo bruto que ele transportava. A embarcação foi escoltada até Galveston, no Texas.
Dias depois, Trump ordenou um bloqueio total à entrada e saída do país de petroleiros sancionados pelo governo americano, como parte da pressão sobre o regime de Maduro, a quem Washington acusa de liderar uma rede de tráfico de drogas.
O governo americano anunciou que organizará uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, com a presença de Trump, do secretário de Defesa e da Marinha, na qual poderá dar detalhes sobre as recentes operações perto da Venezuela, apesar de não ter confirmado o assunto a ser comentado nesta tarde.