Os efeitos políticos do atentado em Washington D.C.

Afegão que colaborava com a CIA atirou e matou dois soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos; episódio deve afetar política migratória e mexer com a popularidade de Donald Trump

  • Por Alan Ghani
  • 28/11/2025 10h53
Mandel Ngan/AFP Agentes uniformizados do Serviço Secreto patrulham a Lafayette Square, em frente à Casa Branca, em Washington DC Agentes uniformizados do Serviço Secreto patrulham a Lafayette Square, em frente à Casa Branca, em Washington DC

O assassinato de dois soldados da Guarda Nacional por um afegão, ex-colaborador da CIA, agência de inteligência dos EUA, já traz efeitos políticos. O primeiro é o endurecimento da política imigratória dos EUA. A USCIS, órgão responsável pela imigração, já suspendeu os vistos para cidadãos do Afeganistão. A ação vai ao encontro da promessa de campanha de Donald Trump, de maior controle de pessoas para entradas nos EUA e expulsão de imigrantes ilegais.

O segundo efeito é o reforço da Guarda Nacional e utilização da tropa em outras capitais americanas. Se antes Trump já fazia isso, agora tem um pretexto real.

A terceira consequência é de popularidade. O assassinato de militares nos EUA tende a trazer mais apoio ao presidente, num momento em que Trump vinha perdendo apoio na base do MAGA, como ficou evidente no resultado para as eleições de prefeito e outros cargos em várias cidades americanas.

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Por fim, chama a atenção a intolerância contra pessoas de direita nos EUA. Trump foi alvo de atentado três vezes. Numa delas, escapou por um milagre. O ativista Charlie Kirk morreu com um tido na garganta. E agora, esse ataque contra dois integrantes da Guarda Nacional. Depois é a direita que é extrema e intolerante.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.