
A proposta do governo federal de criar o Parque Nacional das Serras do Araçatuba e Quiriri, na divisa entre Paraná e Santa Catarina, gerou um impasse. De um lado, ambientalistas e o governo paranaense defendem a preservação; de outro, políticos catarinenses temem prejuízos econômicos.
O que exatamente está sendo proposto?
A criação do Parque Nacional das Serras do Araçatuba e Quiriri, uma unidade de conservação com 32,6 mil hectares. A área abrange as cidades de Garuva, Joinville e Campo Alegre, em Santa Catarina, e Tijucas do Sul e Guaratuba, no Paraná. O projeto é conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), um órgão do Ministério do Meio Ambiente.
Quem apoia a criação do parque e por quê?
A proposta foi levada à ministra Marina Silva pelos deputados estaduais Goura (PDT-PR) e Marquito (PSOL-SC). A medida também tem o apoio do governo do Paraná, que considera a iniciativa essencial para preservar um ecossistema rico e proteger as nascentes de rios importantes para o abastecimento de água da região. Para eles, o parque trará benefícios ambientais e econômicos.
E quem é contra?
Principalmente políticos de Santa Catarina, como o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), e a Assembleia Legislativa do estado. O principal argumento é que a criação do parque traria regras muito mais rígidas para a região, prejudicando o planejamento urbano, o desenvolvimento econômico da maior cidade catarinense e a produção de agricultores locais.
Por que a área é considerada importante para a preservação?
A região abriga um dos últimos trechos preservados de Mata Atlântica e formações raras conhecidas como "campos de altitude", localizadas no topo das montanhas. A área possui uma rica diversidade de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas de extinção. Além disso, lá nascem rios estratégicos para o abastecimento de água de várias cidades, como o Cubatão e o Pirabeiraba.
Quais são os próximos passos?
O projeto ainda está em fase de análise técnica pelo ICMBio. Uma audiência pública para discutir os impactos com a comunidade local será realizada na Câmara de Vereadores de Joinville. No entanto, a etapa de consulta pública em nível nacional, que é um passo decisivo, só está prevista para acontecer no primeiro trimestre de 2026.
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