Lawrence Maximus - 26/11/2025 14h32

Em um mundo marcado por conflitos e violações de direitos humanos, a perseguição religiosa contra cristãos em países africanos, especialmente na Nigéria, emerge como uma das crises mais graves e subnoticiadas de 2025.

No entanto, essa tragédia não se limita à Nigéria. Na República Democrática do Congo, mais de cem cristãos foram mortos em ataques em setembro; em Moçambique, dezenas de fiéis sofreram massacres semelhantes; e em Camarões e no Sudão, sequestros de padres e destruição de igrejas se multiplicam.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou intervenções na Nigéria em novembro, citando o “assassinato contínuo de cristãos” como motivo.

Diante de tal horror, o silêncio de setores influentes no Brasil, particularmente da esquerda, é notável e questionável. Líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), como o presidente Lula e figuras como Gleisi Hoffmann, não emitiram declarações públicas significativas sobre esses eventos.

A mídia brasileira, progressista e apoiadora do governo, como veículos de grande circulação, dedica cobertura mínima, priorizando narrativas que se encaixam em agendas identitárias ou ideológicas mais familiares. Nas redes sociais, postagens de ativistas e parlamentares de esquerda sobre a temática são raras, contrastando com o engajamento em temas como o conflito em Gaza ou questões raciais no Brasil.

Independentemente das razões — sejam elas estratégicas, midiáticas ou ideológicas —, o resultado é o mesmo: seletividade da solidariedade – uma ideologia do ódio que amplifica o isolamento das vítimas.

O silêncio da esquerda é o grito da injustiça e da imoralidade!

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

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